Lulo-petismo e Terrorrismo
sexta-feira, 10 de junho de 2011
segunda-feira, 3 de janeiro de 2011
Para os que têm dúvidas
Aqui no Brasil este projeto já está em marcha administrado pelo PT
LA OTRA CUBA
(Ipojuca Pontes em 20 de agosto de 2010)
No momento em que o Foro de São Paulo, a vertente da criminosa OLAS, de Fidel, trama o nosso futuro em encontros internacionais furtivos, com o objetivo de nos transformar em sub-homens, é mais do que oportuno se tomar conhecimento, pelo milagre da Internet, de filmes do porte de “La Otra Cuba”. Aqui no Brasil este projeto já está em marcha administrado pelo PT.
http://www.youtube.com/watch? v=64T-KAn5FSw&feature=player_ embedded – Parte 1 – Exílio
http://www.youtube.com/watch? v=spdPP2a0cjo&feature=related – Parte 2 – Este es Fidel
http://www.youtube.com/watch? v=iU7s1SmDh5Y&feature=related – Parte 3 – Fuego
http://www.youtube.com/watch? v=h7zdIWInkrw&feature=related – Parte 4 – Todo El mundo com La lengua afuera
http://www.youtube.com/watch? v=OGhHFr2HBFs&feature=related – Parte 5 – Café de llano
http://www.youtube.com/watch? v=RuMuZg_NVsU&feature=related – Parte 6 – Por nada del mundo
http://www.youtube.com/watch? v=IE6AldmPP7Y&feature=related – Parte 7 ( no, esta parte no lleva título)
http://www.youtube.com/watch? v=WJ4Bop49cBs&feature=related – Parte 8 - Ahí les dejo La Revolución, cuídenla
http://www.youtube.com/watch? v=yCBKeR-hFok&feature=related –Parte 9 – Conozca de cerca al puño de Orestes Pedrozo
http://www.youtube.com/watch? v=G1UoOFlk0gI&feature=related – Parte 10 – Lunes terminó mal
http://www.youtube.com/watch? v=m8mAkZ1OfKI&feature=related – Parte 11 – Um viaje largo,amigos muertos
Este documental arriba de Orlando Jiménez Leal fue estrenado en 1985 y fue uno de los primeros documentales en mostrar la realidad del Pueblo Cubano. En los ochentas, ser socialista estaba de moda y la idea de que Cuba era un paraíso socialista en donde la igualdad y la justicia iban de la mano (ojo, no la libertad) estaba siendo distribuída por toda Latinoamérica. Cualquier calumnia contra el régimen de Castro era pues responsabilidad de los Estados Unidos, quienes intentaban derrocar al gobierno Revolucionario.
Este documental parece haber enfurecido a algunos cubanos pro-Castro, quienes lograron cerrarme la cuenta de YouTube que tenía anteriormente. Bueno, Aquí está de nuevo y espero les guste.
--
Abs
Luiz Gonzaga
LA OTRA CUBA
(Ipojuca Pontes em 20 de agosto de 2010)
No momento em que o Foro de São Paulo, a vertente da criminosa OLAS, de Fidel, trama o nosso futuro em encontros internacionais furtivos, com o objetivo de nos transformar em sub-homens, é mais do que oportuno se tomar conhecimento, pelo milagre da Internet, de filmes do porte de “La Otra Cuba”. Aqui no Brasil este projeto já está em marcha administrado pelo PT.
http://www.youtube.com/watch?
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http://www.youtube.com/watch?
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Este documental arriba de Orlando Jiménez Leal fue estrenado en 1985 y fue uno de los primeros documentales en mostrar la realidad del Pueblo Cubano. En los ochentas, ser socialista estaba de moda y la idea de que Cuba era un paraíso socialista en donde la igualdad y la justicia iban de la mano (ojo, no la libertad) estaba siendo distribuída por toda Latinoamérica. Cualquier calumnia contra el régimen de Castro era pues responsabilidad de los Estados Unidos, quienes intentaban derrocar al gobierno Revolucionario.
Este documental parece haber enfurecido a algunos cubanos pro-Castro, quienes lograron cerrarme la cuenta de YouTube que tenía anteriormente. Bueno, Aquí está de nuevo y espero les guste.
--
Abs
Luiz Gonzaga
sábado, 20 de novembro de 2010
20/11/2010 - 09h00
Entre os armamentos, havia 58 fuzis Mauser, 4 metralhadoras Ina, 2 revólveres, 3 carabinas, 3 latas de pólvora, 10 bombas de efeito moral, 100 gramas de clorofórmio, 1 rojão de fabricação caseira, 4 latas de "dinamite granulada" e 30 frascos com substâncias para "confecção de matérias explosivas", como ácido nítrico. Além de caixas com centenas de munições.
A descrição consta do processo que a ditadura abriu contra Dilma e seus colegas nos anos 70. A Folha teve acesso a uma cópia do documento. Com tarja de "reservado", até anteontem ele estava trancado nos cofres do Superior Tribunal Militar.
Dilma passa por check-up médico no hospital Sírio-Libanês
Alencar recebe alta após passar por transfusão de sangue
Dilma se irrita com atitude de Meirelles para se manter no BC
Acompanhe a Folha Poder no Twitter
Comente reportagens em nossa página no Facebook
Trata-se de depoimento dado em março de 1970 por João Batista de Sousa, militante do mesmo grupo de guerrilha do qual Dilma foi dirigente.
Sob tortura, ele revelou detalhes do arsenal reunido para combater a repressão e disse que Dilma tinha recebido a senha para acessá-lo.
Quarenta anos depois, Sousa confirmou à Folha o que havia dito aos policiais --e deu mais detalhes.
Dilma já havia admitido, em entrevista à Folha em fevereiro, que na juventude fez treinamento com armas de fogo. O documento do STM, porém, é a primeira peça que a vincula diretamente à ação armada durante a ditadura.
Procurada pela Folha, a presidente eleita não quis falar sobre o assunto.
O armamento foi roubado do 10º Batalhão da Força Pública do Estado de São Paulo em São Caetano do Sul (SP), de acordo com o DOPS (Departamento de Ordem Política e Social).
A ação ocorreu em junho de 1969, mês em que as organizações VPR e Colina se fundiram na VAR-Palmares.
Sousa disse que foi responsável por guardar o arsenal após a fusão. Com medo de ser preso, fez um "código" com o endereço do "aparelho" --como eram chamados os apartamentos onde militantes se escondiam.
Para sua própria segurança e do arsenal, Sousa dividiu o endereço do "aparelho" em Santo André (SP) em duas partes.
Assim, só duas pessoas juntas poderiam saber onde estavam as armas. Uma parte da informação foi entregue a Dilma, codinome "Luisa". A outra, passada a Antonio Carlos Melo Pereira, guerrilheiro anistiado pelo governo depois de morrer.
O documento registra assim a informação: "Que, tal código, entregou a 'Tadeu' e 'Luisa', sendo que deu a cada um uma parte e apenas a junção das duas partes é que poderia o mencionado código ser decifrado".
"Fiz isso para que Dilma, minha chefe na VAR, pudesse encontrar as armas", diz, hoje, Sousa.
Tido pelos colegas como um dos mais corajosos da VAR-Palmares, Sousa afirma ter sido torturado por mais de 20 dias. Ficou quatro anos preso e, hoje, pede indenização ao governo federal.
Aposentado, depois de trabalhar como relações públicas e com assistência técnica para carros no interior de São Paulo, ele diz ter votado em Dilma. Na entrevista, chamou a presidente eleita de "minha coordenadora".
'PONTOS'
Sousa contou que tinha três "pontos" --como eram chamados os locais e horas de encontro na clandestinidade-- com Dilma nos dias seguintes à sua prisão. Mas disse que não entregou as datas e endereços durante as sessões de tortura --inclusive com choques elétricos na "cadeira do dragão".
Sousa participou de operações armadas, como assaltos a bancos e mercados. "Informava todas as ações para Dilma com três dias de antecedência", declarou.
Com a "dinamite granulada", por exemplo, ele afirma ter feito bombas com canos de água "cortados no tamanho de quatro polegadas, com pregos dentro".
Quando 18 militares à paisana cercaram seu "aparelho", Sousa os recebeu com rajadas de metralhadoras e com as bombas caseiras. Um militar ficou ferido.
Os agentes conseguiram uma trégua após duas horas de intenso tiroteio.
Sousa diz que, meses depois, Dilma contou a ele que, quando ele não apareceu nos encontros previstos, ela usou o código para pegar o arsenal: Dilma e Melo encontraram a casa perfurada de balas e a rua semelhante a uma trincheira de guerra, com enormes buracos.
O depoimento registra 13 bombas jogadas contra os militares. Com um vizinho, Dilma e Melo descobriram que o companheiro esquerdista havia sido levado vivo pela repressão.
Dilma tinha código de acesso a arsenal usado por guerrilha
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MATHEUS LEITÃO
LUCAS FERRAZ
DE BRASÍLIA
A presidente eleita, Dilma Rousseff, zelava, junto com outros dois militantes, pelo arsenal da VAR-Palmares, organização que combateu a ditadura militar (1964-1985). LUCAS FERRAZ
DE BRASÍLIA
Entre os armamentos, havia 58 fuzis Mauser, 4 metralhadoras Ina, 2 revólveres, 3 carabinas, 3 latas de pólvora, 10 bombas de efeito moral, 100 gramas de clorofórmio, 1 rojão de fabricação caseira, 4 latas de "dinamite granulada" e 30 frascos com substâncias para "confecção de matérias explosivas", como ácido nítrico. Além de caixas com centenas de munições.
A descrição consta do processo que a ditadura abriu contra Dilma e seus colegas nos anos 70. A Folha teve acesso a uma cópia do documento. Com tarja de "reservado", até anteontem ele estava trancado nos cofres do Superior Tribunal Militar.
Dilma passa por check-up médico no hospital Sírio-Libanês
Alencar recebe alta após passar por transfusão de sangue
Dilma se irrita com atitude de Meirelles para se manter no BC
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Trata-se de depoimento dado em março de 1970 por João Batista de Sousa, militante do mesmo grupo de guerrilha do qual Dilma foi dirigente.
Sob tortura, ele revelou detalhes do arsenal reunido para combater a repressão e disse que Dilma tinha recebido a senha para acessá-lo.
Quarenta anos depois, Sousa confirmou à Folha o que havia dito aos policiais --e deu mais detalhes.
Dilma já havia admitido, em entrevista à Folha em fevereiro, que na juventude fez treinamento com armas de fogo. O documento do STM, porém, é a primeira peça que a vincula diretamente à ação armada durante a ditadura.
Procurada pela Folha, a presidente eleita não quis falar sobre o assunto.
O armamento foi roubado do 10º Batalhão da Força Pública do Estado de São Paulo em São Caetano do Sul (SP), de acordo com o DOPS (Departamento de Ordem Política e Social).
A ação ocorreu em junho de 1969, mês em que as organizações VPR e Colina se fundiram na VAR-Palmares.
Sousa disse que foi responsável por guardar o arsenal após a fusão. Com medo de ser preso, fez um "código" com o endereço do "aparelho" --como eram chamados os apartamentos onde militantes se escondiam.
Para sua própria segurança e do arsenal, Sousa dividiu o endereço do "aparelho" em Santo André (SP) em duas partes.
Assim, só duas pessoas juntas poderiam saber onde estavam as armas. Uma parte da informação foi entregue a Dilma, codinome "Luisa". A outra, passada a Antonio Carlos Melo Pereira, guerrilheiro anistiado pelo governo depois de morrer.
O documento registra assim a informação: "Que, tal código, entregou a 'Tadeu' e 'Luisa', sendo que deu a cada um uma parte e apenas a junção das duas partes é que poderia o mencionado código ser decifrado".
"Fiz isso para que Dilma, minha chefe na VAR, pudesse encontrar as armas", diz, hoje, Sousa.
Tido pelos colegas como um dos mais corajosos da VAR-Palmares, Sousa afirma ter sido torturado por mais de 20 dias. Ficou quatro anos preso e, hoje, pede indenização ao governo federal.
Aposentado, depois de trabalhar como relações públicas e com assistência técnica para carros no interior de São Paulo, ele diz ter votado em Dilma. Na entrevista, chamou a presidente eleita de "minha coordenadora".
'PONTOS'
Sousa contou que tinha três "pontos" --como eram chamados os locais e horas de encontro na clandestinidade-- com Dilma nos dias seguintes à sua prisão. Mas disse que não entregou as datas e endereços durante as sessões de tortura --inclusive com choques elétricos na "cadeira do dragão".
Sousa participou de operações armadas, como assaltos a bancos e mercados. "Informava todas as ações para Dilma com três dias de antecedência", declarou.
Com a "dinamite granulada", por exemplo, ele afirma ter feito bombas com canos de água "cortados no tamanho de quatro polegadas, com pregos dentro".
Quando 18 militares à paisana cercaram seu "aparelho", Sousa os recebeu com rajadas de metralhadoras e com as bombas caseiras. Um militar ficou ferido.
Os agentes conseguiram uma trégua após duas horas de intenso tiroteio.
Sousa diz que, meses depois, Dilma contou a ele que, quando ele não apareceu nos encontros previstos, ela usou o código para pegar o arsenal: Dilma e Melo encontraram a casa perfurada de balas e a rua semelhante a uma trincheira de guerra, com enormes buracos.
O depoimento registra 13 bombas jogadas contra os militares. Com um vizinho, Dilma e Melo descobriram que o companheiro esquerdista havia sido levado vivo pela repressão.
Editoria de Arte/Folhapress | ||
Ah, então Dilma não tocava piano nem promovia chás na VAR-Palmares?
A presidente eleita, Dilma Rousseff, para todos os efeitos, nunca pegou em armas, embora ela tenha admitido certa feita ter participado de treinamentos promovidos pela guerrilha — treinamento de quê? Certamente não era de arremesso do Manifesto Comunista. Sempre perguntei que diabos, então, ela fazia na guerrilha. Promovia chás? Participava de sessões lítero-musicais? Parte do mistério começa a ser desvendado. Leiam o que segue. Volto em seguida:
Por Matheus Leitão e Lucas Ferraz, na Folha:
A presidente eleita, Dilma Rousseff, zelava, junto com outros dois militantes, pelo arsenal da VAR-Palmares, organização que combateu a ditadura militar (1964-1985). Entre os armamentos, havia 58 fuzis Mauser, 4 metralhadoras Ina, 2 revólveres, 3 carabinas, 3 latas de pólvora, 10 bombas de efeito moral, 100 gramas de clorofórmio, 1 rojão de fabricação caseira, 4 latas de “dinamite granulada” e 30 frascos com substâncias para “confecção de matérias explosivas”, como ácido nítrico. Além de caixas com centenas de munições.
A presidente eleita, Dilma Rousseff, zelava, junto com outros dois militantes, pelo arsenal da VAR-Palmares, organização que combateu a ditadura militar (1964-1985). Entre os armamentos, havia 58 fuzis Mauser, 4 metralhadoras Ina, 2 revólveres, 3 carabinas, 3 latas de pólvora, 10 bombas de efeito moral, 100 gramas de clorofórmio, 1 rojão de fabricação caseira, 4 latas de “dinamite granulada” e 30 frascos com substâncias para “confecção de matérias explosivas”, como ácido nítrico. Além de caixas com centenas de munições.
A descrição consta do processo que a ditadura abriu contra Dilma e seus colegas nos anos 70. A Folha teve acesso a uma cópia do documento. Com tarja de “reservado”, até anteontem ele estava trancado nos cofres do Superior Tribunal Militar. Trata-se de depoimento dado em março de 1970 por João Batista de Sousa, militante do mesmo grupo de guerrilha do qual Dilma foi dirigente.
Sob tortura, ele revelou detalhes do arsenal reunido para combater a repressão e disse que Dilma tinha recebido a senha para acessá-lo. Quarenta anos depois, Sousa confirmou à Folha o que havia dito aos policiais -e deu mais detalhes. Dilma já havia admitido, em entrevista à Folha em fevereiro, que na juventude fez treinamento com armas de fogo. O documento do STM, porém, é a primeira peça que a vincula diretamente à ação armada durante a ditadura. Procurada pela Folha, a presidente eleita não quis falar sobre o assunto.
O armamento foi roubado do 10º Batalhão da Força Pública do Estado de São Paulo em São Caetano do Sul (SP), de acordo com o DOPS (Departamento de Ordem Política e Social). A ação ocorreu em junho de 1969, mês em que as organizações VPR e Colina se fundiram na VAR-Palmares. Sousa disse que foi responsável por guardar o arsenal após a fusão. Com medo de ser preso, fez um “código” com o endereço do “aparelho” -como eram chamados os apartamentos onde militantes se escondiam.
Para sua própria segurança e do arsenal, Sousa dividiu o endereço do “aparelho” em Santo André (SP) em duas partes. Assim, só duas pessoas juntas poderiam saber onde estavam as armas. Uma parte da informação foi entregue a Dilma, codinome “Luisa”. A outra, passada a Antonio Carlos Melo Pereira, guerrilheiro anistiado pelo governo depois de morrer. O documento registra assim a informação: “Que, tal código, entregou a “Tadeu” e “Luisa”, sendo que deu a cada um uma parte e apenas a junção das duas partes é que poderia o mencionado código ser decifrado”. “Fiz isso para que Dilma, minha chefe na VAR, pudesse encontrar as armas”, diz, hoje, Sousa.
Tido pelos colegas como um dos mais corajosos da VAR-Palmares, Sousa afirma ter sido torturado por mais de 20 dias. Ficou quatro anos preso e, hoje, pede indenização ao governo federal. Aposentado, depois de trabalhar como relações públicas e com assistência técnica para carros no interior de São Paulo, ele diz ter votado em Dilma. Na entrevista, chamou a presidente eleita de “minha coordenadora”. Aqui
Voltei
Como vocês viram, aquela que nunca pegou em armas era considerada “chefe” na organização. Parece que ela fazia mais do que tocar piano e promover chás na guerrilha. O Superior Tribunal Militar considerou que o eleitor não tinha o direito de ter acesso a essas informações. Importante destacar que Dilma não faz mea-culpa por esse passado, como podemos classificar?, controverso. Ela insiste ainda hoje que só queria democracia.
Como vocês viram, aquela que nunca pegou em armas era considerada “chefe” na organização. Parece que ela fazia mais do que tocar piano e promover chás na guerrilha. O Superior Tribunal Militar considerou que o eleitor não tinha o direito de ter acesso a essas informações. Importante destacar que Dilma não faz mea-culpa por esse passado, como podemos classificar?, controverso. Ela insiste ainda hoje que só queria democracia.
Como posso homenagear a verdade neste post? Lembrando as vítimas, inocentes, das duas organizações a que ela pertenceu, cujas famílias não tiveram direito a indenização: Comando de Libertação Nacional (Colina) e Vanguarda Armada Revolucionária Palmares (VAR-Palmares). O segredo de aborrecer é dizer sempre a verdade. Se a presidente eleita se orgulha tanto de seu passado, não custa, então, homenageá-la com nomes. Mas atenção, hein? A arma não estava na sua mão. Ela só era guardiã do arsenal.
PESSOAS ASSASSINADAS PELO COLINA OU COM SUA PARTICIPAÇÃO
- 29/01/69 - José Antunes Ferreira - guarda civil-BH/MG
- 01/07/68 - Edward Ernest Tito Otto Maximilian Von Westernhagen - major do Exército Alemão - RJ
- 25/10/68 - Wenceslau Ramalho Leite - civil - RJ
- 29/01/69 - José Antunes Ferreira - guarda civil-BH/MG
- 01/07/68 - Edward Ernest Tito Otto Maximilian Von Westernhagen - major do Exército Alemão - RJ
- 25/10/68 - Wenceslau Ramalho Leite - civil - RJ
PESSOAS ASSASSINADAS PELA VAR-PALMARES OU COM SUA PARTICIPAÇÃO
- 11/07/69 - Cidelino Palmeiras do Nascimento - Motorista de táxi - RJ
- 24/07/69 - Aparecido dos Santos Oliveira - Soldado PM - SP
- 22/10/71 - José do Amaral - Sub-oficial da reserva da Marinha - RJ
- 05/02/72 - David A. Cuthberg - Marinheiro inglês - Rio de Janeiro
- 27/09/72 - Sílvio Nunes Alves - Bancário - RJ
- 11/07/69 - Cidelino Palmeiras do Nascimento - Motorista de táxi - RJ
- 24/07/69 - Aparecido dos Santos Oliveira - Soldado PM - SP
- 22/10/71 - José do Amaral - Sub-oficial da reserva da Marinha - RJ
- 05/02/72 - David A. Cuthberg - Marinheiro inglês - Rio de Janeiro
- 27/09/72 - Sílvio Nunes Alves - Bancário - RJ
PESSOAS ASSASSINADAS PELA VPR OU COM SUA PARTICIPAÇÃO
- 26/06/68- Mário Kozel Filho - Soldado do Exército - SP
- 27/06/68 - Noel de Oliveira Ramos - civil - RJ
- 12/10/68 - Charles Rodney Chandler - Cap. do Exército dos Estados Unidos - SP
- 07/11/68 - Estanislau Ignácio Correia - Civil - SP
- 09/05/69 - Orlando Pinto da Silva - Guarda Civil - SP
- 10/11/70 - Garibaldo de Queiroz - Soldado PM - SP
- 10/12/70 - Hélio de Carvalho Araújo - Agente da Polícia Federal - RJ
- 27/09/72 - Sílvio Nunes Alves - Bancário - RJ
- 26/06/68- Mário Kozel Filho - Soldado do Exército - SP
- 27/06/68 - Noel de Oliveira Ramos - civil - RJ
- 12/10/68 - Charles Rodney Chandler - Cap. do Exército dos Estados Unidos - SP
- 07/11/68 - Estanislau Ignácio Correia - Civil - SP
- 09/05/69 - Orlando Pinto da Silva - Guarda Civil - SP
- 10/11/70 - Garibaldo de Queiroz - Soldado PM - SP
- 10/12/70 - Hélio de Carvalho Araújo - Agente da Polícia Federal - RJ
- 27/09/72 - Sílvio Nunes Alves - Bancário - RJ
Nota - A VAR-Palmares foi a fusão do Colina, de Dilma, com a VPR, de Carlos Lamarca. Os assassinatos praticados por essa última corrente estão aqui porque, na fusão, creio que o grupo levou o seu ativo moral - vale dizer: os seus cadáveres.
Toninho, o outro cadáver insepulto do PT
Toninho, o outro cadáver insepulto do PT
Cadáveres de petistas ilustres insistem em se mexer no armário. Há dois dias, foi condenado em júri popular o primeiro acusado pela morte de Celso Daniel, ocorrida em janeiro de 2002, então prefeito de Santo André. A convicção firmada pelo Ministério Público nesse caso é que se tratou de um assassinato de encomenda, na esteira de um esquema de corrupção existente na prefeitura para desviar recursos para o PT. Quatro meses antes, no dia 10 de setembro de 2001, tinha sido assassinado o então prefeito de Campinas, Toninho do PT. Estava em seu carro. Recebeu três tiros numa avenida ao lado de um shopping da cidade, um deles no coração.
A exemplo da família de Daniel, Roseana, mulher de Toninho, nunca aceitou a versão de crime comum — nesse caso, teria sido cometido pela quadrilha de Wanderson de Paula Lima, o Andinho, então o maior traficante de drogas de Campinas. O carro de Toninho estaria atrapalhando a fuga da quadrilha, e o bandido teria, então, atirado contra o prefeito. Outra coisa iguala as duas famílias: uma relação hostil com o PT. Roseana nunca obteve apoio do partido em sua disposição de investigar outras hipóteses para a morte do marido. Ao contrário. A interlocução foi praticamente rompida. Ela tentou ser recebida pelo presidente Lula, sem sucesso. No início de 2008, conseguiu se encontrar com o então ministro da Justiça, Tarso Genro, que lhe garantiu que a Polícia Federal entraria no caso. Até hoje, nada!
Pois bem. Agora é oficial: a Justiça determinou a reabertura da investigação do caso, o que já tinha sido solicitado em 2007 pelo juiz José Henrique Torres. Segundo ele, não havia indícios suficientes que justificassem o julgamento de Andinho por esse crime. O Ministério Público recorreu da decisão, e o Tribunal de Justiça de São Paulo negou, na terça, dia 17, o pedido do MP.
A nova investigação começa na segunda.
PS - Lembrando os comerciais de bebida alcoólica, comente com moderação!
Gilberto Carvalho foi incumbido de monitorar a suposta viúva de Celso Daniel Miriam Belchior
Quando o Partido dos Trabalhadores aciona o chefe de gabinete da Presidência da República, Gilberto Carvalho, é porque a situação ingressou na seara do insustentável. Para quem não se recorda, Carvalho foi um dos responsáveis por controlar nos bastidores petistas as reticências do caso Celso Daniel, ex-prefeito de Santo André, assassinado covarde e cruelmente porque discordou da destinação dada à milionária propina arrecadada junto a empresários da cidade do Grande ABC.
Na ocasião, Gilberto Carvalho foi incumbido de monitorar a suposta viúva de Celso Daniel, Miriam Belchior, que semanas depois do crime foi guindada à Casa Civil e atualmente coordena as obras do pirotécnico Programa de Aceleração do Crescimento. Em um dos telefonemas gravados pela polícia, Carvalho, que foi secretário de Celso Daniel, sugere que diante da imprensa Miriam Belchior estava desempenhando com destreza o papel de viúva.
Na rápida e tumultuada entrevista que concedeu aos jornalistas na terça-feira (7), em Brasília, Gilberto Carvalho tentou desqualificar a tese de dossiê contra José Serra e disse que “Se alguém tinha um produto e tentou vender, não foi aceito”. Habilidoso e com fala mansa, o assessor presidencial pode falar o que bem entender, mas a realidade sobre a sanha petista por dossiês é bem diferente do que afirma Carvalho e outros petistas de destaque.
Como vem afirmando o ucho.info há anos, em 2004 petistas tentaram, sem sucesso algum, encomendar um dossiê contra o tucano José Serra, tendo como base a relação empresarial entre Verônica Allende Serra e a homônima irmã do banqueiro oportunista DD, cujo nome a Justiça em decisão ditatorial continua nos proibindo de citar. A frustrada tentativa tinha como objetivo, segundo os interessados, beneficiar a companheira Marta Suplicy, que naquele ano disputou a prefeitura paulistana com José Serra. Como ex-seminarista que é, Gilberto Carvalho deveria saber que mentir não é prática bem vista nos corredores da fé.
Na ocasião, Gilberto Carvalho foi incumbido de monitorar a suposta viúva de Celso Daniel, Miriam Belchior, que semanas depois do crime foi guindada à Casa Civil e atualmente coordena as obras do pirotécnico Programa de Aceleração do Crescimento. Em um dos telefonemas gravados pela polícia, Carvalho, que foi secretário de Celso Daniel, sugere que diante da imprensa Miriam Belchior estava desempenhando com destreza o papel de viúva.
Na rápida e tumultuada entrevista que concedeu aos jornalistas na terça-feira (7), em Brasília, Gilberto Carvalho tentou desqualificar a tese de dossiê contra José Serra e disse que “Se alguém tinha um produto e tentou vender, não foi aceito”. Habilidoso e com fala mansa, o assessor presidencial pode falar o que bem entender, mas a realidade sobre a sanha petista por dossiês é bem diferente do que afirma Carvalho e outros petistas de destaque.
Como vem afirmando o ucho.info há anos, em 2004 petistas tentaram, sem sucesso algum, encomendar um dossiê contra o tucano José Serra, tendo como base a relação empresarial entre Verônica Allende Serra e a homônima irmã do banqueiro oportunista DD, cujo nome a Justiça em decisão ditatorial continua nos proibindo de citar. A frustrada tentativa tinha como objetivo, segundo os interessados, beneficiar a companheira Marta Suplicy, que naquele ano disputou a prefeitura paulistana com José Serra. Como ex-seminarista que é, Gilberto Carvalho deveria saber que mentir não é prática bem vista nos corredores da fé.
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
18/11/2010 às 20:08 - Caso Celso Daniel: o primeiro condenado e uma fila de cadáveres
Marcos Roberto Bispo dos Santos, o Marquinhos, um dos acusados pelo assassinato do prefeito de Santo André Celso Daniel, ocorrido em janeiro de 2002, foi condenado a 18 anos de prisão. O julgamento aconteceu no Fórum de Itapecerica da Serra. Santos, que é réu confesso, não compareceu. Adriano Marreiro dos Santos, seu advogado, diz que seu cliente confessou sob tortura. O Ministério Público reuniu evidências de que ele dirigiu um dos carros que abalroou a picape em que Celso estava, encomendou o roubo de outro veículo que participou da operação e conduziu a vitima da favela Pantanal, em Diadema, para Juquitiba, onde foi assassinada.
A tese do Ministério Público é a de que Celso foi vítima de um crime de encomenda, desdobramento de um esquema de desvio de recursos instalado na própria Prefeitura, que Celso não ignorava, destinado a desviar recursos para o PT. Membro do grupo, Sérgio Sombra seria o mandante.
Bruno Daniel, um dos irmãos de Celso, concedeu hoje uma entrevista à rádio CBN (aqui). Ele e sua família são os únicos brasileiros na França que gozam do estatuto oficial de “exilados”. Tiveram de deixar o país, ameaçados de morte. Francisco Daniel, o outro irmão, também teve de se mandar. Motivo: não aceitam a tese de que o irmão foi vítima de um crime comum. Bruno e sua mulher, Marilena Nakano, eram militantes do PT.
Na entrevista, Bruno voltou a afirmar que, no dia da Missa de Sétimo Dia de Celso, Gilberto Carvalho, hoje chefe de gabinete de Lula, confessou que levava dinheiro do esquema montado na Prefeitura para a direção do PT. Carvalho lhe teria dito que chegou a entregar R$ 1,2 milhão ao então presidente do partido, José Dirceu. Carvalho e Dirceu negam.
Bruno acusa os petistas de terem feito pressão para que a morte fosse considerada crime comum. Outro alvo seu é o advogado Luiz Eduardo Greenhalgh, então deputado federal pelo partido. Ele acompanhou a necropsia do corpo e assegurou à família que Celso não tinha sido torturado, o que foi desmentido pelo legista Carlos Delmonte Printes em relato feito à família nas conversas que manteve com os Daniel. A tortura é um indício de que os algozes de Daniel queriam algo mais do que simplesmente seqüestrá-lo. Por que Greenhalgh afirmou uma coisa, e o legista, outra? Difícil saber: no dia 12 de outubro de 2005, Printes foi encontrado morto em seu escritório. A perícia descartou morte natural e não encontrou sinais de violência. A hipótese de envenenamento não se confirmou. Não se conhece até agora o motivo.
Todos os mortos
A lista de mortos ligados ao caso impressiona impressiona. Além do próprio Celso, há mais sete. Uma é o garçom Antônio Palácio de Oliveira, que serviu o prefeito e Sérgio Sombra no restaurante Rubaiyat em 18 de janeiro de 2002, noite do seqüestro. Foi assassinado em fevereiro de 2003. Trazia consigo documentos falsos, com um novo nome. Membros da família disseram que ele havia recebido R$ 60 mil, de fonte desconhecida, em sua conta bancária. O garçom ganhava R$ 400 por mês. De acordo com seus colegas de trabalho, na noite do seqüestro do prefeito, ele teria ouvido uma conversa sobre qual teria sido orientado a silenciar.
A lista de mortos ligados ao caso impressiona impressiona. Além do próprio Celso, há mais sete. Uma é o garçom Antônio Palácio de Oliveira, que serviu o prefeito e Sérgio Sombra no restaurante Rubaiyat em 18 de janeiro de 2002, noite do seqüestro. Foi assassinado em fevereiro de 2003. Trazia consigo documentos falsos, com um novo nome. Membros da família disseram que ele havia recebido R$ 60 mil, de fonte desconhecida, em sua conta bancária. O garçom ganhava R$ 400 por mês. De acordo com seus colegas de trabalho, na noite do seqüestro do prefeito, ele teria ouvido uma conversa sobre qual teria sido orientado a silenciar.
Quando foi convocado a depor, disse à Polícia que tanto Celso quanto Sombra pareciam tranqüilos e que não tinha ouvido nada de estranho. O garçom chegou a ser assunto de um telefonema gravado pela Polícia Federal entre Sombra e o então vereador de Santo André Klinger Luiz de Oliveira Souza (PT), oito dias depois de o corpo de Celso ter sido encontrado. “Você se lembra se o garçom que te serviu lá no dia do jantar é o que sempre te servia ou era um cara diferente?”, indagou Klinger. “Era o cara de costume”, respondeu Sombra.
Vinte dias depois da morte de Oliveira, Paulo Henrique Brito, a única testemunha desse assassinato, foi morto no mesmo lugar com um tiro nas costas. Em dezembro de 2003, o agente funerário Iran Moraes Rédua foi assassinado com dois tiros quando estava trabalhando. Rédua foi a primeira pessoa que reconheceu o corpo de Daniel na estrada e chamou a polícia.
Dionízio Severo, detento apontado pelo Ministério Público como o elo entre Sérgio Sombra, acusado de ser o mandante do crime, e a quadrilha que matou o prefeito, foi assassinado na cadeia, na frente de seu advogado. Abriu a fila. Sua morte se deu três meses depois da de Daniel e dois dias depois de ter dito que teria informações sobre o episódio. Ele havia sido resgatado do presídio dois dias antes do seqüestro. Foi recapturado. O homem que o abrigou no período em que a operação teria sido organizada, Sérgio Orelha, também foi assassinado. Outro preso, Airton Feitosa, disse que Severo lhe relatou ter conhecimento do esquema para matar Celso e que um “amigo” (de Celso) seria o responsável por atrair o prefeito para uma armadilha.
O investigador do Denarc Otávio Mercier, que ligou para Severo na véspera do seqüestro, morreu em troca de tiros com homens que tinham invadido seu apartamento. O último cadáver foi o do legista Carlos Delmonte Printes. Perdeu a conta? Então anote aí:
1) Celso Daniel : prefeito. Assassinado - 19 de janeiro de 2002
2) Antonio Palacio de Oliveira : garçom. Assassinado em fevereiro de 2003
3) Paulo Henrique Brito : testemunha da morte do garçom. Assassinado em março de 2003
4) Iran Moraes Rédia: reconheceu o corpo de Daniel. Assassinado - dezembro de 2003
5) Dionizio Severo: suposto elo entre quadrilha e Sombra. Assassinado - abril de 2002
6) Sérgio Orelha: Amigo de Severo. Assassinado em 2002
7) Otávio Mercier: investigador que ligou para Severo. Morto em julho de 2003.
8 ) Carlos Delmonte Printes: legista encontrado morto em 12 de outubro de 2005.
1) Celso Daniel : prefeito. Assassinado - 19 de janeiro de 2002
2) Antonio Palacio de Oliveira : garçom. Assassinado em fevereiro de 2003
3) Paulo Henrique Brito : testemunha da morte do garçom. Assassinado em março de 2003
4) Iran Moraes Rédia: reconheceu o corpo de Daniel. Assassinado - dezembro de 2003
5) Dionizio Severo: suposto elo entre quadrilha e Sombra. Assassinado - abril de 2002
6) Sérgio Orelha: Amigo de Severo. Assassinado em 2002
7) Otávio Mercier: investigador que ligou para Severo. Morto em julho de 2003.
8 ) Carlos Delmonte Printes: legista encontrado morto em 12 de outubro de 2005.
Vocês sabem o que dá e o que não para publicar em comentários, certo?
terça-feira, 20 de julho de 2010
LÓGICA&COMPORTAMENTO
VAMOS MORALIZAR O BRASIL!!!
referente a: Entrevista aos jornais O Dia e Brasil Econômico, Estatuto de Igualdade Racial e criação da Unilab » Blog do Planalto (ver no Google Sidewiki)
referente a: Entrevista aos jornais O Dia e Brasil Econômico, Estatuto de Igualdade Racial e criação da Unilab » Blog do Planalto (ver no Google Sidewiki)
domingo, 4 de julho de 2010
15/12 - Vasculhando o Orvil - VPR - Capítulo I
Pela editoria do site www.averdadesufocada.com - fonte Orvil
Bomba no Quartel General do II Exército São Paulo- Morte do soldado Mario Kosel Ação praticada pela VPR |
Estava anunciado sábado 12/12 para ontem, com grande propaganda , o livro Pedro e os Lobos, escrito pelo jornalista e escritor João Roberto Laque. Trata-se da biografia do ex-terrorista Pedro Lobo de Oliveira - Getúlio.
Segundo o convite, o evento seria no Memorial da Resistência, antigo Departamento de Ordem Política e Social - DOPS. Também como parte do evento , foi programada uma homenagem a Carlos Lamarca .
Seriam oradores do evento :
- Darcy Rodrigues que falaria sobre os planos para a tomada do 4º Regimento de Infantaria , em Quitaúna , em janeiro de 1969 ;e
- Ariston Lucena que narraria a fuga do Vale da Ribeira . Esse grupo , chefiado por Lamarca, do qual fazia parte , matou à coronhadas o jovem tenente Alberto Mendes Júnior que, desarmado, se oferecera como refém para salvar seus subordinados que haviam sido feridos em uma emboscada.
Não será de estranhar se Pedro Lobo de Oliveira , tiver passado para o escritor a idéia de que ele e seus companheiros seriam os cordeiros e os miltares os lobos. Mas , como estamos fazendo há algum tempo, para colaborar com o Projeto Memórias Reveladas, do governo Lula, vamos transcrever a história da organização a que Pedro Lobo pertencia - a Vanguarda Popular Revolucionária - VPR e alguns crimes que foram praticados por seus militantes . Vocês verão, ao longo da série do projeto Orvil sobre A Vanguarda Popular Revolucionária, que o Pedro, como o sobrenome já diz , estava mais para lobo do que para cordeiro.
A Vanguarda Popular Revolucionária - VPRDiversos sargentos, remanescentes, do núcleo de São Paulo do Movimento Nacionalista Revolucionário. de Brizola, muitos com curso em Cuba, procuravam se organizar de acordo com a mesma linha de orientação cubana. Pressurosos em atuar, esse grupo já havia assaltado , no penúltimo dia do ano, o depósito Gato Preto, da Companhia Perus, em Cajamar, São Paulo, roubando 10 caixas de dinamite e 200 detonaaores. Participaram desse assalto: Onofre Pinto, Pedro Lobo de Oliveira - Getúlio, Antonio Raimundo Lucena, José Araújo Nóbrega, José Ronaldo Tavares Lira e Silva e Otacílio Pereira da Silva.
Em janeiro de 1968 , iniciaram-se os encontros formais entre este grupo
com o grupo de dissidentes da POLOP - Política Operária -, quando deliberaram atuar em conjunto e traçar os planos para a fusão. Em março, concretizou-se o I Congresso, que fundou a Organização Político Militar denominada Vanguarda Popular Revolucionária (VPR) .
A primeira direção da VPR ficou constituída por Wilson Egídio Fava, Waldir Carlos Sarapu e João Carlos Quartin de Moraes, pelo grupo dissidente da POLOP, e Onofre Pinto, Pedro Lobo de Oliveira e Diógenes José de Carvalho, pelo núcleo de remanescentes do Movimento Nacionalista Revolucionário.
A VPR estruturou-se, inicialmente, em um Comando Nacional e Comandos Regionais, estes divididos nos setores Logístico, Urbano e Rural ou de Campo. O Setor Logístico era o encarregado de conseguir meios para a organização, através das ações armadas.
No seu início, a VPR não conseguiu definir integralmente a sua 'linha política", engolfada pelas contradições internas advindas de sua dupla origem: a militar e a política. Entretanto, o consenso sobre o foquismo cubano conduziu a organização às atividades puramente militaristas, praticando a ação pela ação, sem uma estratégia de conjunto.
No Movimento Estudantil, a VPR participou das agitações ocorridas em São Paulo, onde conseguiu recrutar diversos estudantes.
No Movimento Operário, atuou nas greves dos metalúrgicos de Osasco, através de seus militantes José Ibrahim e José Campos Barreto.
Mas foi na area militar que a VPR mais se notabilizou, graças aos contatos dos ex-sargentos oriundos do Movimento Nacionalista Revolucionário. Possuía uma célula no 4º Regimento de Infantaria (4º RI) em Quitaúna, onde sobressaiam o Sargento Darcy Rodrigues e o Capitão Carlos Lamarca e estava também infiltrada na Companhia de Policia do Exército, em São Paulo.
Foram dezenas as atividades armadas da VPR catalogadas nesse ano de 1968, desde roubos de carros e assaltos para conseguir dinheiro, armas e explosiVos, até os atos terroristas a bomba e assassinatos, intitulados por eles como "justiçamentos".
Os fatos, a seguir descritos, todos de 1968, em São Paulo,dão, apenas, uma pálida idéia da virulência da VPR, que, em nome 'da "revolução brasileira", roubou, assaltou e matou indiscriminadamente:
- em 7 de março, assalto ao banco Comércio e Indústria,da Rua Guaicurus, na Lapa, considerado como o primeiro assalto a banco da guerrilha urban, no Brasil;
- em 19 de março, atentado a bomba contra a biblioteca do Consulado norte-americano, na Rua Padre Manoel, onde um cstudante Orlando Lovecchio perdeu a perna e mais dois ficaram feridos;
- em 5 de abril, atentado a bomba na sede do Departamento de Policia Federal;
- em 20 de abril, atentado a bomba ao jornal "O Estado de S. Paulo", com 3 feridos;
- em 31 de maio, assalto ao Banco Bradesco, em Rudge
Ramos.
- em 22 de junho, assalto ao Hospital Geral de São Paulo, Cambuci, de onde foram roubados 9 fuzis FAL; e
- em 26 de junho, atentado a bomba contra o Quartel General do II Exército , no Ibirapuera, que, além de grandes danos materias, infelizmente matou a sentinela, um jovem de 18 anos, Mario Kosel Filho, e feriu diversos outros. Deste assalto participaram, entre planejadores e executantes,: Waldir Carlos Sarapu, Wilson Egídio Fava, Pedro Lobo de Oliveira, Onofre Pinto, Diógenes José Carvalho de Oliveira, Dulce de Souza Maia, Eduardo Leite, José Araújo de Nóbrega, Osvaldo Antônio dos Santos e Renata Ferraz Guerra de Andrade
- em 28 de junho, assaIto à Pedreira Fortaleza, na rodovia Raposo Tavares, de onde foram roubadas 19 caixas de dinamite e grande quantidade de detonadores;- em 19 de agosto, assalto ao Banco Mercantil de São Paulo, do Itaim;
- em 20 de setembro, assalto ao quartel da Força Pública do Estado de São Paulo, no bairro Barro Branco, onde foi assassinada a sentinela, soldado Antonio Carlos Jeffery. Autores: Pedro Lobo de Oliveira, Onofre Pinto e Diógenes José Carvalho de Oliveira;
Em janeiro de 1968 , iniciaram-se os encontros formais entre este grupo
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Cap americano Charles Chandler |
A primeira direção da VPR ficou constituída por Wilson Egídio Fava, Waldir Carlos Sarapu e João Carlos Quartin de Moraes, pelo grupo dissidente da POLOP, e Onofre Pinto, Pedro Lobo de Oliveira e Diógenes José de Carvalho, pelo núcleo de remanescentes do Movimento Nacionalista Revolucionário.
A VPR estruturou-se, inicialmente, em um Comando Nacional e Comandos Regionais, estes divididos nos setores Logístico, Urbano e Rural ou de Campo. O Setor Logístico era o encarregado de conseguir meios para a organização, através das ações armadas.
No seu início, a VPR não conseguiu definir integralmente a sua 'linha política", engolfada pelas contradições internas advindas de sua dupla origem: a militar e a política. Entretanto, o consenso sobre o foquismo cubano conduziu a organização às atividades puramente militaristas, praticando a ação pela ação, sem uma estratégia de conjunto.
No Movimento Estudantil, a VPR participou das agitações ocorridas em São Paulo, onde conseguiu recrutar diversos estudantes.
No Movimento Operário, atuou nas greves dos metalúrgicos de Osasco, através de seus militantes José Ibrahim e José Campos Barreto.
Darcy Rodrigues |
Foram dezenas as atividades armadas da VPR catalogadas nesse ano de 1968, desde roubos de carros e assaltos para conseguir dinheiro, armas e explosiVos, até os atos terroristas a bomba e assassinatos, intitulados por eles como "justiçamentos".
Os fatos, a seguir descritos, todos de 1968, em São Paulo,dão, apenas, uma pálida idéia da virulência da VPR, que, em nome 'da "revolução brasileira", roubou, assaltou e matou indiscriminadamente:
- em 7 de março, assalto ao banco Comércio e Indústria,da Rua Guaicurus, na Lapa, considerado como o primeiro assalto a banco da guerrilha urban, no Brasil;
- em 19 de março, atentado a bomba contra a biblioteca do Consulado norte-americano, na Rua Padre Manoel, onde um cstudante Orlando Lovecchio perdeu a perna e mais dois ficaram feridos;
- em 5 de abril, atentado a bomba na sede do Departamento de Policia Federal;
- em 20 de abril, atentado a bomba ao jornal "O Estado de S. Paulo", com 3 feridos;
- em 31 de maio, assalto ao Banco Bradesco, em Rudge
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Dulce de Souza Maia - Atentadao ao Quartel General do II Exército |
- em 22 de junho, assalto ao Hospital Geral de São Paulo, Cambuci, de onde foram roubados 9 fuzis FAL; e
- em 26 de junho, atentado a bomba contra o Quartel General do II Exército , no Ibirapuera, que, além de grandes danos materias, infelizmente matou a sentinela, um jovem de 18 anos, Mario Kosel Filho, e feriu diversos outros. Deste assalto participaram, entre planejadores e executantes,: Waldir Carlos Sarapu, Wilson Egídio Fava, Pedro Lobo de Oliveira, Onofre Pinto, Diógenes José Carvalho de Oliveira, Dulce de Souza Maia, Eduardo Leite, José Araújo de Nóbrega, Osvaldo Antônio dos Santos e Renata Ferraz Guerra de Andrade
- em 28 de junho, assaIto à Pedreira Fortaleza, na rodovia Raposo Tavares, de onde foram roubadas 19 caixas de dinamite e grande quantidade de detonadores;- em 19 de agosto, assalto ao Banco Mercantil de São Paulo, do Itaim;
- em 20 de setembro, assalto ao quartel da Força Pública do Estado de São Paulo, no bairro Barro Branco, onde foi assassinada a sentinela, soldado Antonio Carlos Jeffery. Autores: Pedro Lobo de Oliveira, Onofre Pinto e Diógenes José Carvalho de Oliveira;
- em 15 de outubro, primeiro assalto ao Banco do Estado de São Paulo, da Rua Iguatemi;
- em 27 de outubro, atentado a bomba contra a loja Sears da Água Branca;
- em 7 de novembro, roubo de um carro na esquina das ruas Carlos Norberto Souza Aranha e Jaime Fonseca Rodrigues, com o assassinato de seu motorista, o senhor Estanislau Ignácio Correa. Autores: Yoshitame Fujimore, Osvaldo Antônio dos Santos e Pedro Lobo de Oliveira- em 6 de dezembro, segundo assalto ao Banco do Estado de São Paulo, da Rua Iguatemi; e
- em 11 de dezembro, assalto a Casa de Armas Diana, na Rua do Seminário, de onde foram roubadas armas e munições e saiu ferido o senhor Bonifácio Ignore, com um tiro na perna, disparado por José Raimundo da Costa
Milhões de cruzeiros roubados, vultosos danos materiais a propriedades públicas e privadas, ferimentos em dezenas de pessoas e quatro assassinatos foi o saldo trágico da organização VPR, em 1968, primeiro ano de sua atuação, em atividades "revolucionárias".
Os òrgãos policiais ainda não estavam preparados para enfrentar essa guerrilha urbana, desconheciam os autores dos crimes e muitos eram imputados a marginais. Foi somente no ano seguinte, com a prisão de alguns militantes, que se pôde concluir que esses crimes estavam sendo cometidos em nome da "revolução brasileira".
Essas ações foram praticadas pelos seguintes militantes da VPR: Onofre Pinto, Pedro Lobo de Oliveira, Antônio Raimundo Lucena, José Araújo de Nóbrega,
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Tenente Alberto Mendes Junior assassinado a coronhadas por Yoshitame Fujimore, Diogenes Sobrosa de Souza e Carlos lamarca |
Em dezembro de 1968, explodiu a crise latente entre os "militaristas oriundos do Movimento Nacionalista Revolucionário e os políticos ou "leninistas", oriundos da POLOP. Numa reunião, ora chamada de conferência ora de congresso, realizada no litoral paulista - conhecida como a "praianada" -, os "militaristas", apoiados pela adesão de Carlos Lamarca, assumiram a direção da VPR e expulsaram João Carlos Kfouri Quartim de Morais,Wilson Egídio Fava e sua mulher Renata Ferraz Guerra de Andrade, que, em seguida, fugiram para o exterior, sendo o primeiro acusado de ter levado dinheiro para o exterior.
18/12 - Vasculhando o Orvil - VPR - Capítulo II
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Ministro Paulo Vannuchi/Pres. Lula/ Ministra Dilma Rousseff |
Por uma proposta inicialmente defendida pelo ministro Paulo Vannuchi (Direitos Humanos) e representantes de familiares de mortos e desaparecidos políticos, será enviada à apreciação do Congresso , por sugestão da Casa Civil, a criação da Comissão da Verdade e da Justiça. Esse projeto de lei deverá estar em pauta até abril.
O anúncio oficial do grupo de trabalho será feito pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O grupo será presidido pela Casa Civil da Presidência e contará com a participação de representantes dos ministérios da Justiça, Defesa e dos Direitos Humanos. Também serão chamados o presidente da Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos e um representante da sociedade civil.
Esperamos que , se aprovada a criação de tal comissão, os seus membros começem dando o exemplo de imparcialidade chamando membros do governo, ex- militantes de organizações terroristas, para que em seus depoimentos contem com detalhes a verdade sobre os seguintes pontos:
- motivação para a luta armada;
- período em que foram iniciados os preparativos para a guerrilha (reuniões, cursos de técnicas de guerrilha na União Soviética, Pequim, Cuba e outros paraisos comunistas);
- a infiltração nos quartéis, no meio estudantil e operário;
-quais as organizações que já existiam antes de 1964 e quais os seus líderesContinuando a série Projeto Orvil, contribuindo antecipadamente para a Comissão da Verdade e da Justiça, continuamos com a série sobre a Vanguarda Popular Revolucionária;
Ações terroristas da VPR e o destino de alguns de seus membros
Em 1968, as ações de guerrilha urbana perdiam-se no anonimato de seus autores e, muitas vezes, eram até confundidas com as.atividades de simples marginais. De acordo com os
Diogenes José Carvalho de Oliveira |
Em setembro, Marco Antonio Braz de Carvalho, o "Marquit:o",. homem de confiança de Marighela - que dirigia o Agrupamento Comunista de São Paulo -, e que fazia a ligação com a VPR, levou para Onofre Pinto, então coordenador-geral da VPR, a possibilidade de ser realizada uma ação - o "justiçamento" do capitão do Exército dos Estados Unidos da América, Charles Rodney Chandler, aluno bolsista da Escola de Sociologia e Política, da Fundação Âlvares Penteado, que morava em São Paulo com a esposa .e dois filhos pequenos. Entretanto, segundo os "guerrilheiros", Chandler era um "agente da CIA" e "encontrava-se no Brasil com a missão de assessorar a ditadura militar na repressão". O que na realidade , não era verdade.
No inicio de outubro, um "tribunal revolucionário", integrado por três dirigentes da VPR ,Onofre Pinto, como presidente, João Carlos Kfouri Quartim de Morais e Ladislas Dowbor, como membros-, condenou o Capitão Chandler a morte. Dulce de Souza Maia, fez o levantamento dos horários habituais de entrada e saida de casa, costumes, roupas que costumava usar, aspectos de sua personalidade e dados sobre os familiares e sobre o local em que residia, numa casa da Rua Petrópolis, nº 375, no tranquilo bairro do Sumuré, em São Paulo.
Escolhido o "grupo de execução", integrado por Pedro Lobo de Oliveira, Diógenes José Carvalho de Oliveira e Marco Antonio Braz de Carvalho, nada é mais convincente, para demonstrar a frieza do
Onofre Pinto |
A Esquerda Armada no Brasil" - Prêmio Testemunho 1973 da Casa de Las Américas - Moraes Editor - Lisboa - Portugal:
"Como já relatei, o grupo executor ficou integrado por três companheiros: um deles levaria uma pistola-metralhadora INA, com três carregadores de 30 balas cada um ; o outro, um revolver; e eu, que seria o motorista, uma granada e outro revólver. Além disso, no carro estaria também uma carabina M-2,a ser utilizada se ´fôssemos perseguidos pela força repressiva do regime. Consideramos desnecessária cobertura armada para aquela ação. Tratava-se de uma ação simples. três combatentes revolucionários decididos são suficientes para realizar uma ação de justiçamento nessas condições. Considerando o nível em, que se encontrava a repressão, naquela altura, entendemos que não era necessária a cobertura armada."
A data escolhida para o crime foi o 8 de outubro, que assinalava o primeiro aniversário da morte de Guevara. Entretanto, nesse dia, Chandler não saiu de casa e os três terroristas decidiram "suspender a ação". Quatro dias depois, em 12 de outubro de 1968, chegaram ao local às 7 horas. Às 8 horas e 15 minutos, Chandler dirigiu-se para a garagem e retirou o·seu carro, em marcha a ré. Enquanto seu filho, de 9 anos, abria o portão, sua esposa aguardava na porta da casa, para dar-lhe o adeus. Não sabia que. seria o último.
Os terroristas avançaram com o Volkswagen, roubado dias antes, e bloquearam o caminho do carro de Chandler.
Leiam o relato de Pedro Lobo:
" Nesse instante, um dos meus companheiros saltou do Volks, revólver na mão, e disparou contra Chandler".
Era Diógenes José Carvalho de Oliveira, que descarregava, a queima roupa, os seis tiros de seu Taurus de calibre .38.
E prossegue Pedro Lobo, que dirigia o Volks:
E prossegue Pedro Lobo, que dirigia o Volks:
" Quando o primeiro companheiro deixou de disparar, o outro aproximou-se com a metralhadora INA e desferiu uma rajada. A décima quinta bala não deflagrou e o mecanismo automático da metralhadora deixou de funcionar. Não havia necessidade de continuar disparando . Chandler estava morto. Quando recebeu a rajada de metralhadora emitiu uma espécie de ronco, um estertor, e então demo-nos conta de que estava morto".
Quem portava a metralhadora era Marco Antonio Braz de Carvalho.
A esposa e o filho de Chandler gritaram. Diógenes apontou o revólver para o menino que, apavorado, fugiu correndo para a casa da vizinha. Após Pedro Lobo ter lançado os panfletos, nos, quais era dito que o assassinato fora cometido em nome da revolução brasileira, os três terroristas fugiram no Volks, em desabalada carreira.
Ê interessante observarmos o destino dos sete envolvidos no crime:
-Marco Antonio Braz de Carvalho ("Marquito"), que deu a rajada de metralhadora, morreu em 26 de janeiro de 1969, após troca de tiros com a policia.
-Onofre Pinto -"Augusto"-,o presidente do "tribunal revolucionário" que condenou Chandler à morte, ex-sargento do Exército, foi preso em 2 de março de 1969 e banido para o México, em 5 de setembro, trocado pelo Embaixador dos Estados Unidos, que, havia sido seqüestrado. Em outubro, foi a Cuba onde ficou quase.dois anos, tendo feito cursos de guerrilha. Em junho de 1971, foi para o Chile, com cerca de 20 mil dólares. Em maio de 1973, foi expulso da VPR, tendo sido acusado de "conivência com a infiltração policial no nordeste", devido às quedas dessa organização em dezembro de 1972. Temendo ser "justiçado" pela VPR, fugiu para a Argentina onde desapareceu, misteriosamente, em meados de 1974.
-João Carlos Kfouri Quartim de Morais -"Manoel"-, um dos membros do "tribunal revolucionário", foi expulso da VPR, em janeiro de 1969. Alguns meses depois, fugiu do Brasil, com dinheiro da organização, radicando-se em Paris, onde foi um dos fundadores da revista "Debate". Professor universitário e jornalista, regressou a São Paulo após a anistia, sendo um dos diretores da sucursal da Associação Brasileira de Imprensa (ABI). Em 1983, foi nomeado Secretário de Imprensa do Governo de Franco Montoro, em São Paulo.
-Ladislas Dowbor -"Jamil"-, também membro do "tribunal" , foi preso em 21 de abril de 1970 e banido em 15 de junho, para a Argélia, em troca do Embaixador alemão, outro seqüestrado. Após passar por vários países, dentre os quais Suiça, Itália, Polônia, Chile, Portugual,Turquia, Cuba e Guiné-Bissau, retornou ao Brasil, após a anistia, e aqui leciona Economia na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e na Universidade de Campinas.
-Dulce de Souza Maia -"Judite"-, que realizou os levantamentos sobre Chandler, foi presa em 27 de janeiro de 1969 e banida para a Argélia, em.15 de junho. Tem curso em Cuba e percorreu diversos países, tais como Chile, México, Itália e Guiné-Bissau, onde passou a trabalhar para o seu governo. Retornou a São Paulo em agosto de 1979 passando a desenvolver .atividades em "movimentos pacifistas", tendo sido eleita, em 1980, presidenta do ,"Comitê de Solidariedade aos Povos do Cone Sul".
- Pedro Lobo de Oliveira - "Getúlio" - o motorista da açaõ criminosa foi preso em 23 de janeiro de 1969, quando pintava um caminhão com as cores do Exército para o assalto ao quartel do 4º Regimento de
-Finalmente, Diógenes José Carvalho de Oliveira -"Luiz"-, que descarregou o seu revólver em Chandler, foi preso em 30 de janeiro de 1969, quando desenvolvia um trabalho de campo em Paranaíba, em Mato Grosso. Em 14 de março, foi banido para o México, trocado pelo Cônsul japonês (mais um dos diplomatas estrangeiros seqüestrados), indo, logo após, para Cuba. Em junho de 1971, radicou-se no Chile. Com a queda de Allende, em setembro de 1973, foi para o México e, daí, para a Itála, Bélgica e Portugal. Em 1976, passou a trabalhar para o governo da Guiné-Bissau, junto com Dulce de Souza Maia , sua companheira. Após a anistia retornou ao Brasil, indo residir em Porto Alegre, tendo trabalhado como assesspr do vereador Partido Democrático Trabalhista, Valneri Neves Antunes, antigo companheiro de militância na VPR, até outubro de 1986, quando este faleceu vitima de acidente de automóvel.
29/12 - Vasculhando o Orvil - VPR - capítulo III
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Dilma Vana Rousseff |
O IV Congresso e os "rachas" da POLOP
Pela editoria do site www.averdadesufocada.com
A intensa doutrinação ideológica pretendida pelo Comitê Nacional da Política Operária (POLOP), que lhe valeu o epíteto de "0rganização doutrinarista", não impediu o surgimento de correntes internas, localizadas nas Secretarias Regionais de Minas Gerais, Guanabara e São Paulo.Em setembro de 1967, a POLOP realizou o seu IV Congresso .Nacional, no qual aprovou o "Programa Socialista para o Brasil, por 16 votos contra 14 - uma pequena maioria que não conseguiu evitar os "rachas' na organização.
Desde o ano anterior, já existiam divergências com a Secretaria Regional de Minas Gerais, que defendia a Constituinte e se aproximava das organizações que postulavam uma "revolução democrática-nacional". Essa dissidência mineira afastou-se da POLOP e viria a criar, em 1968, o Comando. de Libertação Nacional - COLINA.
Pela editoria do site www.averdadesufocada.com
A intensa doutrinação ideológica pretendida pelo Comitê Nacional da Política Operária (POLOP), que lhe valeu o epíteto de "0rganização doutrinarista", não impediu o surgimento de correntes internas, localizadas nas Secretarias Regionais de Minas Gerais, Guanabara e São Paulo.Em setembro de 1967, a POLOP realizou o seu IV Congresso .Nacional, no qual aprovou o "Programa Socialista para o Brasil, por 16 votos contra 14 - uma pequena maioria que não conseguiu evitar os "rachas' na organização.
Desde o ano anterior, já existiam divergências com a Secretaria Regional de Minas Gerais, que defendia a Constituinte e se aproximava das organizações que postulavam uma "revolução democrática-nacional". Essa dissidência mineira afastou-se da POLOP e viria a criar, em 1968, o Comando. de Libertação Nacional - COLINA.
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Ines Etienne Romeu ao recever o Prêmio Direitos Humanos 2009 e Dilma Vana Rousseff |
Em São Paulo, a minoria da Secretaria Regional havia adotado uma posição foquista, seguindo a orientação do livro "Revolução na Revolução?", de Regis Debray. No Congresso, apresentou teses baseadas na"Resolução Geral" da l COSPAL * , da Organização Latino Americana de Solidariedade OLAS, realizada em agostode 1967, em Cuba, e defendeu a constituição de um "Comando Político Militar". Derrotada, essa dissidência paulista - liderada por Wilson Egídio Fava , Waldir Carlos Sarapu e João Carlos Kfouri Quartim de Moraes -, selando antigo namoro com os ex-militares do Movimento Nacionalista Revolucionário - MNR-, de Brizila, criaria, em 1968 a Vanguarda Popular Revolucionária ( VPR).
Reduzida, praticamente, à metade de seus efetivos a POLOP lançou-se, após o Congresso, em decidida atuação junto ao movimento operário, setor onde não possuia a mesma força que dis.punha junto ao Movimento Estudantil.
Em novembro de 1967, foi divulgado o documento "As razões da Frente da Esquerda Revolucionária", assinado pelo Comitê Nacional da POLOP, pelo Comitê Estadual do PCB do Rio Grande do Sul (dissidência), pelo Comitê Municipal (leninista) do PCB da capital gaúcha e pelo Comitê Secundarista da Guanabara (PCB). Nesse documento, além das criticas à direção do PCB, ficou acertada pelos signatários a constituição de uma Frente de Esquerda Revolucionária, por aqueles que advogavam urna revolução socialista para o Brasil.
No final de 1967, concretizou-se a aproximação da Dissidência Leninista do PCB no Rio Grande do Sul com a POLOP, fusão que seria estabelecida em 1968, formando o Partido Operário Comunista (POC)
As dissidências da POLOP dão ínicio a três novas organizações: COLINA, Vanguarda Popular Revolucionária- VPR - e Partido Operário Comunista - POC.
* Comitê de Solidariedade aos Povos da América Latina: a I COSPAL foi realizada em Havana, Cuba, de 31 Jul a 10 Ago 1967, evento programado um ano antes, quando foi fundada a OLAS (1966). A Resolução Final da COSPAL dizia: “O Brasil é o território ideal para a guerra de guerrilhas. É país limítrofe com quase todos os países sul-americanos e nosso trabalho ali será facilitado pelo fato, mesmo, de existir uma oposição difusa e natural ao regime militar de Castello Branco. O Partido Comunista e os grupos socialistas afins estão dispostos a capitalizar todo o descontentamento, fortalecendo as guerrilhas, lançando-as de diversos pontos do vasto território do Brasil”.
Fonte: Orvil
03/01 - Vasculhando o Orvil - VPR - Capítulo IV
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Dilma Rousseff e Franklin Martins - Camaradas de armas - Portal Memórias Reveladas |
Continuando nosso trabalho visando a ajudar o governo a abrir os arquivos dos chamados " Anos de chumbo" publicamos, hoje, mais um capítulo do Projeto Orvil. Há muito tentamos colaborar com os
Srs Ministros Tarso Genro, Paulo Vannuchi, Dilma Rousseff, Franklin Martins e outros que estão fazendo um "permanente esforço" para mostrar à sociedade a história recente do país e de seus camaradas de luta armada. Na série Projeto Orvil, os diligentes revisores da história poderão encontrar sugestões de nomes e fatos que precisam ser acrescentados ao Portal Memórias Reveladas ( que nada revela sobre os crimes "dos que lutaram pela democracia") e, agora, para dar subsídios à Comissão da Verdade e da Reconciliação
Nossas pesquisas têm sido em vão . Até o momento nada do que publicamos para auxiliá-los foi usado. Parece-nos que o Portal Memórias Reveladas e a Comissão da Verdade e Reconciliação não estão interessados em revelar nada que desabone seus companheiros de armas Apenas querem revelar " violações de direitos humanos" e " crimes " cometidos por militares. As violações cometidas por eles, os assaltos, os assassinatos, sequestros e atentados a bomba não são crimes são "atos de bravura praticados em defesa da democracia ". Às vezes pensamos que essa comissão está mais para Comissão de Revanchismo do que de reconciliação...
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O COLINA funde-se com a VPR
O ano de 1969 parecia promissor para o COLINA. Seus dois assaltos a bancos, realizados em Belo Horizonte, no ano anterior,haviam-lhe fornecido o
numerário suficiente para a aquislção de armas e para a instalação de diversos "aparelhos". Suas demais ações armadas - roubo de carros e lançamento de bombas -, dirigidas por Angelo Pezzuti da Silva, foram coroadas de êxito, e a sigla "COLINA" já era respeitada pelas demais organizacões subversivas. Na Guanabara, do mesmo modo, Juarez Guimarães de Brito conduzia as ações. Nos dois estados, diversos assaltos a bancos já estavam planejados, bem como atentados a quartéis e a delegacias de polícia.
Em janeiro, o Comando Nacional (CN) do COLINA difundiu,internamente, o documento "Informe Nacional", no qual faz um balanço de suas atividades e se vangloria de que a organização "já realiza ações básicas para a montagem do foco e demais tarefas da luta revolucionária, tais como ação de desapropriação, aquisição de material bélico, químico, de saúde, intendência, engenharia, comunicação, etc, contatos e treinamentos no exterior, definição de áreas táticas e estratégicas." Realçou, também, que a sabotagem e o terrorismo "têm sido utilizados" pela organização; a primeira visando, "fundamentalmente, a minar a economia e/ou atingir instalações das forças repressivasl" e o segundo para"justiçamento ou amedrontamento".
Na tarde de 14 de janeiro de 1969, o COLINA assaltou, simultaneamente, os bancos da Lavoura e Mercantil de Minas Gerais, em Sabará, onde roubaram cerca de 70 milhões de cruzeiros.
Participaram do roubo: Ângelo Pezzuti da Silva, Murilo Pinto da Silva, Afonso Celso Lana Leite, Antonio Pereira Mattos, Erwin Rezende Duarte, João Marques Aguiar, José Raimundo de Oliveira, Júlio Antonio Bittencourt de Almeida, Nilo Sérgio Menezes Macedo, Maria José de Carvalho Nahas, Pedro Paulo Bretas e Reinaldo José de Melo.
Apesar do assalto ter alcançado êxito, ele representou o inicio do desmantelamento do COLINA. Nessa mesma noite, Ângelo Pezzuti da Silva, seu principal dirigente, foi preso. Suas declarações possibilitaram a prisão de diversos militantes, dentre os quais José Raimundo de Oliveira, do Setor de Terrorismo e Sabotagem, e Pedro Paulo Bretas e Antonio Pereira Mattos, do Setor de Expropriação. Esses depoimentos levaram a polícia desbaratar três "aparelhos" do COLINA, em Belo Horizonte, na madrugada de 29 de janeiro de 1969. À 01.00 h, 11 policiais dirigiram-se para o "aparelho" da Rua Itaí, nº 113, no bairro Santa Efigênia,"entregue" por Ângelo Pezzuti, onde não encontraram ninguém, apenas documentos da organização. Às 02.30 h, foram para o "aparelho" delatado por Pedro Paulo Bretas, na Rua XXXIV, nº 31, no bairro Santa Ignez, onde encontraram explosivos, armas e munições. Às 04.00 h, reforçados por 3 guardas-civis de uma radiopatrrulha,os policiais chegaram no terceiro "aparelho", na Rua Itacarambu, nº 120, bairro São Geraldo, também "entregue" por Pedro Paulo Bretas.
No local, quando disseram ser da policia, foram recebidos por rajadas de metralhadora, disparadas por Murilo Pinto da Silva, irmão de Ângelo Pezzuti, as quais mataram o policial Cecildes Moreira de Faria e o guarda-civil José Antunes Ferreira e feriram, gravemente, o investigador José Reis de Oliveira. No local, foram encontrados armas, munições, fardas da PM, documentos do COLINA e dinheiro dos assaltos, sendo presos sete militantes da organização
Os sete eram : Murilo Pinto da Silva, Afonso Celso Lana Leite, Maurício Vieira de Paiva, ferido com dois tiros, Nilo Sérgio Menezes Macedo, Júlio Antônio Bittencourt de Almeida , Jorge Raimundo Nahas e sua esposa Maria José de Carvalho Nahas.
Essas prisões, posteriormente seguidas de outras, levaram o pânico aos militantes do COLINA em Minas Gerais, inviabilizando o prosseguimento de suas atividades nesse estado. Como o trabalho na Guanabara prosseguia incólume, foram transferidos para esse estado, onde chegou a ser criado um "Setor dos Deslocados",englobando os militantes mineiros, ainda desestruturados.
Com as "quedas", o COLINA sentiu a necessidade de intensificar o processo de fusâo com a VPR, iniciado no ano anterior, e acelerar os trabalhos de incorporação de outros grupos.
Já havia, desde meados de 1968, no Rio Grande do Sul, um grupo, ainda sem nome, que atuava no meio operário, publicando os jornais "União Operária" e "O Rebelde". Embora não tivesse programa e nem estatuto, defendia as posições foquistas e articulava-se em torno do advogado Carlos Franklin Paixão Araújo,com cerca de 30 militantes
Em novembro de 1968, Carlos Alberto Soares de Freitas já havia feito uma reunião com o grupo numa chácara próxima ao bairro Ipanema, em Porto Alegre, e, em fins de janeiro de 1969, Maria do Carmo Brito convidou esse grupo gaúcho para uma reunião em março na qual se integraria ao COLINA. Ao mesmo tempo, o COLINA fazia contatos com outros grupos, da Bahia, de Goiás e do próprio Rio Grande do Sul. No início de março foi realizada a reunião prevista na Rua Miguel Lemos, no bairro de Copacabana, à qual compareceram representantes desses grupos .
Participaram da reunião: Carlos Alberto Soares de Freitas, Juarez Guimarães de Brito, Maria do Carmo Brito, Apolo Heringer Lisboa, Herbert Eustáquio de Carvalho, Inês Etienne Romeu, Helvécio Luiz Amorim Ratton e Dilma Vana Rousseff Linhares, pelo COLINA; Carlos Franklin Paixão Araújo e Antonio Luiz de Carvalho, pelo Rio Grande do Sul; Rafton Nascimento Leão, por um grupo de Goiás; Raul David do Valle Júnior e Ida Furstein do Valle, por Brasília; e um elemento de codinomes "Fábio" e "Patrício", representando um grupo da Bahia.
Nas discussões políticas, ficou claro que, para o COLINA, o caráter da revolução era socialista, mas com uma etapa de libertação nacional. Decidiram fazer uma nova reunião, dentro de 60 dias, para efetivar a fusão e deslocar dois militantes do COLINA, Liszt Benjamin Vieira e Cláudio Galeno de Magalhães Linhares ( na época marido de Dilma Rousseff), para intensificar os trabalhos no Rio Grande do Sul.
Ainda no mês de março, o COLINA recebeu a incorporação de dois novos grupos, centrados na Guanabara: o Núcleo Marxista-Leninista e a Dissidência da Dissidênçia, engrossando seus efetivos e tornando mais forte e importante a organização.
Em 31 de março de 1969, o COLINA executou o assalto ao Banco Andrade Arnaud, na· Rua Visconde da Gávea, nº 92 na Guanabara, onde foram roubados cerca de 45 milhões de cruzeiros e foi assassinado o comerciante Manoel da Silva Dutra.
Em fins de abril, o COLINA realizou um pleno numa casa em Petrópolis, com duração de cerca de 10 dias, ao qual compareceram ,os mesmos representantes dessa organização que estiveram na renião do início de março, com exceçao de Inês Etienne Romeu, e procederam a integração dos grupos do Rio Grande do Sul, de Goiás, da Bahia e de Brasilia. Foi aprovado um novo Programa que apesar de ainda ser, foquista, sustentava a necessidade de realizar um maior trabalho operário e definia o caráter da revolução como sendo socialista, eliminando-se a etapa de libertação nacional. Foi aprovado, também, um projeto de Estatuto e eleito o novo Comando Nacional - CN-, do ex-COLINA.
A partir desse pleno, a organização passou a assinar seus documentos como "ex-COl.INA". O novo CN era integrado por Carlos Alberto Soares de Freitas, Juarez. Guimarães de Brito, Maria do Carmo Brito, Herbert Eustáquio de Carvalho, Carlos Franklin Paixão Araújo, Dilma Vana Roussef Linhares e Carlos Avelino Fonseca Brasil.
Na tarde de 15 de maio, militantes do ex-COLINA assaltaram o Banco Mercantil de Niterói, agência do Mercado São Sebastião, na Avenida Brasil, roubando cerca de 12 milhões de cruzeiros.
Alguns dias depois, houve a primeira reunião do novo CN, em Copacabana, onde foi fixada a estrutura orgânica e foram setorizados os membros da direção, além de traçados os planos para a fusão com a VPR.
Em 28 de maio, após intensa perseguição e tiroteio, foram presos os militantes Fausto Machado Freire e Marco Antonio de Azevedo Meyer, logo após terem roubado um Aero-Willys, na Rua Barão da Torre, em Ipanema .
A última ação do ex-COLINA, enquanto organização, foi o assalto à agência Urca do União de Bancos Brasileiros, na Guanabara, em 16 de junho de 1969, de onde foram roubados cerca de 27 milhões de cruzeiros. A partir desse mês, foi feita a fusão da organização com a VPR, dando origem à Vanguarda Armada Revolucionãria-Palmares - VAR-Palmares.
Paulo vannuchi e Tarso Genro - Comissão da Verdade e Reconciliação |
Em janeiro, o Comando Nacional (CN) do COLINA difundiu,internamente, o documento "Informe Nacional", no qual faz um balanço de suas atividades e se vangloria de que a organização "já realiza ações básicas para a montagem do foco e demais tarefas da luta revolucionária, tais como ação de desapropriação, aquisição de material bélico, químico, de saúde, intendência, engenharia, comunicação, etc, contatos e treinamentos no exterior, definição de áreas táticas e estratégicas." Realçou, também, que a sabotagem e o terrorismo "têm sido utilizados" pela organização; a primeira visando, "fundamentalmente, a minar a economia e/ou atingir instalações das forças repressivasl" e o segundo para"justiçamento ou amedrontamento".
Na tarde de 14 de janeiro de 1969, o COLINA assaltou, simultaneamente, os bancos da Lavoura e Mercantil de Minas Gerais, em Sabará, onde roubaram cerca de 70 milhões de cruzeiros.
Participaram do roubo: Ângelo Pezzuti da Silva, Murilo Pinto da Silva, Afonso Celso Lana Leite, Antonio Pereira Mattos, Erwin Rezende Duarte, João Marques Aguiar, José Raimundo de Oliveira, Júlio Antonio Bittencourt de Almeida, Nilo Sérgio Menezes Macedo, Maria José de Carvalho Nahas, Pedro Paulo Bretas e Reinaldo José de Melo.
Apesar do assalto ter alcançado êxito, ele representou o inicio do desmantelamento do COLINA. Nessa mesma noite, Ângelo Pezzuti da Silva, seu principal dirigente, foi preso. Suas declarações possibilitaram a prisão de diversos militantes, dentre os quais José Raimundo de Oliveira, do Setor de Terrorismo e Sabotagem, e Pedro Paulo Bretas e Antonio Pereira Mattos, do Setor de Expropriação. Esses depoimentos levaram a polícia desbaratar três "aparelhos" do COLINA, em Belo Horizonte, na madrugada de 29 de janeiro de 1969. À 01.00 h, 11 policiais dirigiram-se para o "aparelho" da Rua Itaí, nº 113, no bairro Santa Efigênia,"entregue" por Ângelo Pezzuti, onde não encontraram ninguém, apenas documentos da organização. Às 02.30 h, foram para o "aparelho" delatado por Pedro Paulo Bretas, na Rua XXXIV, nº 31, no bairro Santa Ignez, onde encontraram explosivos, armas e munições. Às 04.00 h, reforçados por 3 guardas-civis de uma radiopatrrulha,os policiais chegaram no terceiro "aparelho", na Rua Itacarambu, nº 120, bairro São Geraldo, também "entregue" por Pedro Paulo Bretas.
No local, quando disseram ser da policia, foram recebidos por rajadas de metralhadora, disparadas por Murilo Pinto da Silva, irmão de Ângelo Pezzuti, as quais mataram o policial Cecildes Moreira de Faria e o guarda-civil José Antunes Ferreira e feriram, gravemente, o investigador José Reis de Oliveira. No local, foram encontrados armas, munições, fardas da PM, documentos do COLINA e dinheiro dos assaltos, sendo presos sete militantes da organização
Os sete eram : Murilo Pinto da Silva, Afonso Celso Lana Leite, Maurício Vieira de Paiva, ferido com dois tiros, Nilo Sérgio Menezes Macedo, Júlio Antônio Bittencourt de Almeida , Jorge Raimundo Nahas e sua esposa Maria José de Carvalho Nahas.
Essas prisões, posteriormente seguidas de outras, levaram o pânico aos militantes do COLINA em Minas Gerais, inviabilizando o prosseguimento de suas atividades nesse estado. Como o trabalho na Guanabara prosseguia incólume, foram transferidos para esse estado, onde chegou a ser criado um "Setor dos Deslocados",englobando os militantes mineiros, ainda desestruturados.
Com as "quedas", o COLINA sentiu a necessidade de intensificar o processo de fusâo com a VPR, iniciado no ano anterior, e acelerar os trabalhos de incorporação de outros grupos.
Já havia, desde meados de 1968, no Rio Grande do Sul, um grupo, ainda sem nome, que atuava no meio operário, publicando os jornais "União Operária" e "O Rebelde". Embora não tivesse programa e nem estatuto, defendia as posições foquistas e articulava-se em torno do advogado Carlos Franklin Paixão Araújo,com cerca de 30 militantes
Em novembro de 1968, Carlos Alberto Soares de Freitas já havia feito uma reunião com o grupo numa chácara próxima ao bairro Ipanema, em Porto Alegre, e, em fins de janeiro de 1969, Maria do Carmo Brito convidou esse grupo gaúcho para uma reunião em março na qual se integraria ao COLINA. Ao mesmo tempo, o COLINA fazia contatos com outros grupos, da Bahia, de Goiás e do próprio Rio Grande do Sul. No início de março foi realizada a reunião prevista na Rua Miguel Lemos, no bairro de Copacabana, à qual compareceram representantes desses grupos .
Participaram da reunião: Carlos Alberto Soares de Freitas, Juarez Guimarães de Brito, Maria do Carmo Brito, Apolo Heringer Lisboa, Herbert Eustáquio de Carvalho, Inês Etienne Romeu, Helvécio Luiz Amorim Ratton e Dilma Vana Rousseff Linhares, pelo COLINA; Carlos Franklin Paixão Araújo e Antonio Luiz de Carvalho, pelo Rio Grande do Sul; Rafton Nascimento Leão, por um grupo de Goiás; Raul David do Valle Júnior e Ida Furstein do Valle, por Brasília; e um elemento de codinomes "Fábio" e "Patrício", representando um grupo da Bahia.
Nas discussões políticas, ficou claro que, para o COLINA, o caráter da revolução era socialista, mas com uma etapa de libertação nacional. Decidiram fazer uma nova reunião, dentro de 60 dias, para efetivar a fusão e deslocar dois militantes do COLINA, Liszt Benjamin Vieira e Cláudio Galeno de Magalhães Linhares ( na época marido de Dilma Rousseff), para intensificar os trabalhos no Rio Grande do Sul.
Ainda no mês de março, o COLINA recebeu a incorporação de dois novos grupos, centrados na Guanabara: o Núcleo Marxista-Leninista e a Dissidência da Dissidênçia, engrossando seus efetivos e tornando mais forte e importante a organização.
Em 31 de março de 1969, o COLINA executou o assalto ao Banco Andrade Arnaud, na· Rua Visconde da Gávea, nº 92 na Guanabara, onde foram roubados cerca de 45 milhões de cruzeiros e foi assassinado o comerciante Manoel da Silva Dutra.
Em fins de abril, o COLINA realizou um pleno numa casa em Petrópolis, com duração de cerca de 10 dias, ao qual compareceram ,os mesmos representantes dessa organização que estiveram na renião do início de março, com exceçao de Inês Etienne Romeu, e procederam a integração dos grupos do Rio Grande do Sul, de Goiás, da Bahia e de Brasilia. Foi aprovado um novo Programa que apesar de ainda ser, foquista, sustentava a necessidade de realizar um maior trabalho operário e definia o caráter da revolução como sendo socialista, eliminando-se a etapa de libertação nacional. Foi aprovado, também, um projeto de Estatuto e eleito o novo Comando Nacional - CN-, do ex-COLINA.
A partir desse pleno, a organização passou a assinar seus documentos como "ex-COl.INA". O novo CN era integrado por Carlos Alberto Soares de Freitas, Juarez. Guimarães de Brito, Maria do Carmo Brito, Herbert Eustáquio de Carvalho, Carlos Franklin Paixão Araújo, Dilma Vana Roussef Linhares e Carlos Avelino Fonseca Brasil.
Na tarde de 15 de maio, militantes do ex-COLINA assaltaram o Banco Mercantil de Niterói, agência do Mercado São Sebastião, na Avenida Brasil, roubando cerca de 12 milhões de cruzeiros.
Alguns dias depois, houve a primeira reunião do novo CN, em Copacabana, onde foi fixada a estrutura orgânica e foram setorizados os membros da direção, além de traçados os planos para a fusão com a VPR.
Em 28 de maio, após intensa perseguição e tiroteio, foram presos os militantes Fausto Machado Freire e Marco Antonio de Azevedo Meyer, logo após terem roubado um Aero-Willys, na Rua Barão da Torre, em Ipanema .
A última ação do ex-COLINA, enquanto organização, foi o assalto à agência Urca do União de Bancos Brasileiros, na Guanabara, em 16 de junho de 1969, de onde foram roubados cerca de 27 milhões de cruzeiros. A partir desse mês, foi feita a fusão da organização com a VPR, dando origem à Vanguarda Armada Revolucionãria-Palmares - VAR-Palmares.
18/01 - Vasculhando o Orvil - VPR - Capítulo V
-ao Banco Itaú-América, na Rua Jumana, onde levaram cerca de 35 milhões de cruzeiros; e
- ao Banco Aliança do Rio de Janeiro, da Rua Vergueiro, onde foram roubados 20 milhões de cruzeiros.
Mas foi o assalto ao 4º Regimento de Infantaria que desestruturou a VPR, em consequência das prisões ocorridas em 23 de janeiro, em Itapecerica da Serra. Os depoimentos, particularmente os de Pedro Lobo de Oliveira e Oswaldo Antonio dos Santos, proporcionaram, alguns dias depois, as prisões de Dulce de Souza Maia, José Ibrahim, Roque Aparecido da Silva e João Leonardo da Silva Rocha.
Em 30 de janeiro, foram presos Otacilio Pereira da Silva e os irmãos Nelson e Pedro Chaves dos Santos, na Fazenda Ariranha, em Paranaiba, no Mato Grosso, local em que a VPR fazia treinamento de guerrilhas. Após as expulsões de dezembro de 1968 e as prisões de janeiro de 1969, dos seis elementos que compunham o Comando Nacional (CN) da VPR restavam três: Waldir Carlos Sarapu, Onofre Pinto e Diógenes José Carvalho de Oliveira.
.Em 11 de fevereiro, em tiroteio na gráfica Urupês, morria Hamilton Fernando Cunha· ("Escoteiro"), militante da ALN, e era ferido José Ronaldo Tavares de Lira e·Silva, da VPR, numa açao em que também foi baleado um policial.
Em 26 de fevereiro, no mesmo dia em que a VPR assaltava o Banco da América, da Rua do Orfanato, levando 102 milhões de cruzeiros, a policia chegou. a um sitio em Cotia, que servia como "aparelho" da organização, denunciado por Otacílio Pereira da Silva. Seus ocupantes, o casal de militantes Jovelina de Jesus Pereira e Joaquim Gonçalves dos Santos, reagiram à prisão, sendo Joaquim morto na ocasião.
Dois dias depois, a prisão e.as declarações de Aristenes Nogueira de Almeida, propiciaram que a polícia prendesse, em 2 de março, na Praça da Árvore, em Vila Mariana, dois membros do Comando Nacional - CN -, Onofre Pinto e Diógenes José Carvalho de Oliveira, além de Roberto Cardoso Ferraz do Amaral, Isaias do Vale Almada- marido da cantora Marília Medaglia -, Armando Augusto Vargas Dias, militante do Rio Grande do Sul, e o advogado Antonio Expedito Carvalho Pereira.
As prisões de cerca de 30 militantes, entre os quais os três "militaristas" do CN, e a descoberta de mais de uma dezena de "aparelhos" foi um preço muito caro para.o relativo sucesso tático que a VPR alcançou com o assalto ao 4º RI.
Desestruturada, a VPR organizou um congresso, em abril de 1969, numa casa em Mongaguá, cidade do litoral paulista. Compareceram a esse congresso: Carlos Lamarca, Antônio Roberto Espinosa, Chizuo Ozava ( Mário Japa), Fernando Carlos Mesquita Sampaio Filho e Cláudio de Souza Ribeiro- estes cinco eleitos para o Comando Nacional - CN -, e mais Waldir carlos Sarapu, Darcy Rodrigues, Eduardo Leite - Bacuri -, José Raimundo da Costa, José Campos Barreto, Roberto das Chagas e Silva, Ana Matilde Tenório da Mota, Celso Lungaretti, José Claudio Telles Cubas e sua mãe Maria Joana Telles Cubas.
No Congresso o grupo de Celso Lungaretti oficializou a sua incorporaçao a VPR, e, em face das "quedas" de janeiro, fevereiro e março, o Setor Logistico foi reformulado, criando-se três Grupos Táticos Armados (GTA), que seriam, doravante , os responsáveis pela execução das .ações armadas. Ficou decidido não mais haver a fusão com a ALN, cujas relações estavam estremecidas desde o roubo das armas do 4º RI, e intensificar a aproximação com o COLINA, para uma próxima fusão.
A partir desse congresso, a VPR reiniciou suas ações armadas:
- assalto a um banco na Rua Duílio, na Lapa./SP .
- em 9 de maio realizou o assalto simultâneo aos Bancos Federal, Itaú,Sul -Americano e Mercantil de São Paulo, este na Rua Piratininga, na Mooca,SP , cujo gerente, Norberto Draconetti, foi esfaqueado. Nesta ação o guarda-civil Orlando Pinto da Silva foi morto, com dois tiros - um na nuca e o outro na testa -, por Carlos Lamarca, que se encontrava escondido atrás de uma banca de ,jornais. Na retirada do grupo, Lamarca disparou uma rajada de metralhadora para o ar, como a marcar seu primeiro assalto a banco e sua primeira morte.
- em 8 de junho, ainda na capital paulista, a VPR assaltou o Hospital Santa Lúcia, na Alameda Ribeirão Preto, levando grande quantidade de equipamento médico.
- no dia 13, foi a vez da agência da Avenida Jabaquara do União de Bancos Brasileiros, com·o roubo de 39 milhóes de cruzeiros.
Reconhecido por populares, foi preso no interior de um cinema, em 28 de junho, o ex-soldado do 4º RI, Carlos Roberto Zanirato. Na manhã do dia seguinte, saindo em diIigências para apontar militantes e "apareIhos"da VPR, Zanirato suicidou -se, atirando-se embaixo das rodas de um ônibus, na Avenida Celso Garcia. De qualquer modo, suas primeiras declarações possibilitaram à polícia chegara a dois" aparelhos", onde foram encontrados documentos e armas da organização: um, na Rua Itaqueri, na Moóca, onde foi preso, em 29 de junho, Gilson Theodoro de Olivelra, e o outro, na Rua Bonsucesso, no·bairro Belém, em 2 de julho, onde residiam José Araújo de Nóbrega e o casal Tereza Ângelo e Gerson Theodoro de Oliveira, irmão de Gilson.
Nessa época, encerrava-se a primeira fase da VPR. Com a fusão com o COLINA, surgia a Vanguarda Armada Revolucionária-Palmares -VAR-P.
O ressurgimento da VPRApós o II Congresso do Racha e a reunião com uma comissão da VAR-P, no bar do Hotel das Paineiras, o grupo do "racha " designou uma Comissão Reestruturadora- Nacional, integrada por Carlos Lamarca, Juarez Guimarães de Brito e Cláudio de Souza Ribeiro, a fim de reorganizar a VPR.
Entretanto o mês de outubro de 1969 foi trágico para a VPR. No dia 14, a prisão de Reinaldo José de Melo, que havia participado da "grande ação" ( roubo do cofre do Adhemar), possibilitou a identificação de diversos militantes da VAR- Palmares e dos que haviam aderido ao "racha". No dia 16, foi preso Carlos Minc Baumfeld, que também participara do roubo do cofre, e que denunciou o "aparelho" da VPR, na Rua Toroqui, nº 59, em Vila Kosmos, na Guanabara, onde residia oom Sônia Eliane Lafoz e Eremias Delizoikov, que, resistindo a tiros à voz de prisão, morreu no local. Alguns dias depois, a VPR distribuiu um panfleto clamando por vingança aos seus mortos, particularmente ao Eremias, e ameaçando os militares do Exército: "...podem esperar, nós vamos enchê-los de chumbo quente".No inicio de novembro de 1969, foi realizado um Congresso Nacional,na Barra da Tijuca, no Rio, onde entre outros, estiveram presente: Juarez e Maria do Carmo Brito, Cláudio de Souza Ribeiro, Darcy Rodrigues, Herbert Eustáquio de Carvalho, Liszt Benjamin Vieira, Inês Etienne Romeu, Diógenes José Carvalho de Oliveira, Ladislas Dowbor, Sônia Eliane Lafoz,Iara Iavelberg, amante de Lamarca e Osvaldo Soares. Nessa ocasião o "grupo do racha" adotou, oficialmente, o antigo nome de VPR e elegeu um novo Comando Nacional- CN, integrado por Carlos Lamarca, Maria do Carmo Brito e Ladislas Dowbor. Juarez Guimarães de Brito não quis integrar o CN , preferindo ficar em sua assessoria, juntamente com Herbert Eustáquio de Carvalho.
A estrutura foi reformulada, criando-se dois comandos subordinados ao CN: o Comando Rural ou de Campo e o Comando Urbano, que possuía, em cada regional, um Setor de Inteligência e uma Unidade de Combate.
Desde agosto de 1969, a regional de São Paulo da antiga VPR possuia um sítio em Jacupiranga, próximo ao km 254 da BR 116,onde fazia treinamentos de tiro e marchas tipo guerrilha. Lamarca, nomeado comandante-em-chefe da VPR, não havia participado do congresso, pois se encontrava dirigindo esses treinamentos. Entranto, a proximidade dessa área a uma rodovia e a regiões urbana fez com que a VPR a desmobilizasse e ativasse a área de Registro, no Vale da Ribeira. Além desta,a VPR iniciou a preparação de mais duas áreas de treinamento, visando à implantação de uma futura coluna móvel guerrilheira: em Goiás, para onde: foi enviado o militante Manoel Dias do Nascimento; e na rcgião norte do Rio Grande do Sul, entre Três Passos e Tenente Portela, dirigida por Roberto Antônio de Fortini, que chegou a criar, em dezembro de 1969, uma empresa de "fachada", a "Sociedade Pesqueira Alto Uruguai Ltda".
Em dezembro, a Unidade de Combate da VPR na Guanabara realizou dois assaItos para roubo de armas:
- a um quartel do Exército, em Triagem, quando foram obtidas duas metralhadoras; e
- a um quartel da Aeronáutica, na Avenida Brasil, quando três fuzis foram levados. Nos últimos dias do ano, em "frente" com a ALN, o MRT e a REDE, a VPR assaltou os bancos Itaú-América e Mercantil, na Avenida Brigadeiro Luiz Antonio, em São Paulo.
O ano de 1969 encerrou-se com um mau presságio para a VPR. A prisão, em 29 de dezembro, em Nanuque, Minas Gerais, do ex-Cabo do Exército José Mariane Ferreira Alves, que havia participado do roubo de armas do 4º RI, levou a polícia a descobrir as ligações de Lamarca com dois oficiais da ativa do Exército, o Capitão Altair Luchesi Campos e o Tenente Rui Amorim de Lima. Apesar do Cabo Mariane ter optado em ficar na VAR-P, sua militância anterior na VPR possibilitou o desvendamento da infiltração desta organização no Exército.
Entretanto o mês de outubro de 1969 foi trágico para a VPR. No dia 14, a prisão de Reinaldo José de Melo, que havia participado da "grande ação" ( roubo do cofre do Adhemar), possibilitou a identificação de diversos militantes da VAR- Palmares e dos que haviam aderido ao "racha". No dia 16, foi preso Carlos Minc Baumfeld, que também participara do roubo do cofre, e que denunciou o "aparelho" da VPR, na Rua Toroqui, nº 59, em Vila Kosmos, na Guanabara, onde residia oom Sônia Eliane Lafoz e Eremias Delizoikov, que, resistindo a tiros à voz de prisão, morreu no local. Alguns dias depois, a VPR distribuiu um panfleto clamando por vingança aos seus mortos, particularmente ao Eremias, e ameaçando os militares do Exército: "...podem esperar, nós vamos enchê-los de chumbo quente".No inicio de novembro de 1969, foi realizado um Congresso Nacional,na Barra da Tijuca, no Rio, onde entre outros, estiveram presente: Juarez e Maria do Carmo Brito, Cláudio de Souza Ribeiro, Darcy Rodrigues, Herbert Eustáquio de Carvalho, Liszt Benjamin Vieira, Inês Etienne Romeu, Diógenes José Carvalho de Oliveira, Ladislas Dowbor, Sônia Eliane Lafoz,Iara Iavelberg, amante de Lamarca e Osvaldo Soares. Nessa ocasião o "grupo do racha" adotou, oficialmente, o antigo nome de VPR e elegeu um novo Comando Nacional- CN, integrado por Carlos Lamarca, Maria do Carmo Brito e Ladislas Dowbor. Juarez Guimarães de Brito não quis integrar o CN , preferindo ficar em sua assessoria, juntamente com Herbert Eustáquio de Carvalho.
A estrutura foi reformulada, criando-se dois comandos subordinados ao CN: o Comando Rural ou de Campo e o Comando Urbano, que possuía, em cada regional, um Setor de Inteligência e uma Unidade de Combate.
Desde agosto de 1969, a regional de São Paulo da antiga VPR possuia um sítio em Jacupiranga, próximo ao km 254 da BR 116,onde fazia treinamentos de tiro e marchas tipo guerrilha. Lamarca, nomeado comandante-em-chefe da VPR, não havia participado do congresso, pois se encontrava dirigindo esses treinamentos. Entranto, a proximidade dessa área a uma rodovia e a regiões urbana fez com que a VPR a desmobilizasse e ativasse a área de Registro, no Vale da Ribeira. Além desta,a VPR iniciou a preparação de mais duas áreas de treinamento, visando à implantação de uma futura coluna móvel guerrilheira: em Goiás, para onde: foi enviado o militante Manoel Dias do Nascimento; e na rcgião norte do Rio Grande do Sul, entre Três Passos e Tenente Portela, dirigida por Roberto Antônio de Fortini, que chegou a criar, em dezembro de 1969, uma empresa de "fachada", a "Sociedade Pesqueira Alto Uruguai Ltda".
Em dezembro, a Unidade de Combate da VPR na Guanabara realizou dois assaItos para roubo de armas:
- a um quartel do Exército, em Triagem, quando foram obtidas duas metralhadoras; e
- a um quartel da Aeronáutica, na Avenida Brasil, quando três fuzis foram levados. Nos últimos dias do ano, em "frente" com a ALN, o MRT e a REDE, a VPR assaltou os bancos Itaú-América e Mercantil, na Avenida Brigadeiro Luiz Antonio, em São Paulo.
O ano de 1969 encerrou-se com um mau presságio para a VPR. A prisão, em 29 de dezembro, em Nanuque, Minas Gerais, do ex-Cabo do Exército José Mariane Ferreira Alves, que havia participado do roubo de armas do 4º RI, levou a polícia a descobrir as ligações de Lamarca com dois oficiais da ativa do Exército, o Capitão Altair Luchesi Campos e o Tenente Rui Amorim de Lima. Apesar do Cabo Mariane ter optado em ficar na VAR-P, sua militância anterior na VPR possibilitou o desvendamento da infiltração desta organização no Exército.
20/02 - Vasculhando o Orvil - VPR - Capítulo VI
Logo após a transcrição da matéria do Orvil, o site fez uma relação de militantes da luta armada citados na matéria, que, caso a Comissão da Verdade seja aprovada pelo Congresso, poderiam ser chamados para relatar os crimes cometidos e qual a verdadeira intenção da luta armada. Se forem honestos em seus depoimentos, a verdade que a esquerda deturpa, reescrevendo a história, começaria a ser desvendada. Mas, que não façam como a equipe que pesquisou para produzir o livro BRASIL: NUNCA MAIS , que esquadrinhou documentos no STM, sem honestidade e isenção. Essa equipe fez a triagem a seu modo, publicando o que interessava, distorcendo os fatos e ignorando os crimes e as intenções dos militantes dessa luta insana. No livro, seus crimes foram omitidos e terroristas e subversivos são endeusados. Vejam a introdução:
"Escreve isto para memória num livro"
(Êxodo 17,14)
Iluminadas por Deus, segundo a Bíblia, pessoas que pregam paz |
"Lembrem-se do que aconteceu no passado:
Naqueles dias,
depois que a luz de Deus brilhou sobre vocês,
vocês sofreram muitas coisas,
mas não foram vencidos na luta. "
BRASIL: NUNCA MAIS
Desde quando assaltantes, assassinos, sequestradores e terroristas que matam e mutilam inocentes em atentados a bomba, são pessoas sobre as quais a "luz de Deus "brilhou sobre elas ?
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VPR: meses de planejamento e sigiloA VPR iniciou o ano de 1970 com uma linha política estabelecida no seu último congresso de novembro do ano anterior, logo após o "racha" - quando se desligou da VAR - Palmares..
Em janeiro, o Comando Nacional (CN) expediu o "Informe nº 3" no qual analisava a situação do Pais, da esquerda e da organização, e estabelecia um plano de trabalho para esse ano. Ao mesmo tempo, publicou parte dos documentos aprovados no congresso, dos quais se destaca o capitulo referente à "Propaganda Armada". Depois de considerar o novo presidente eleito - General Emílio Garrastazu Médici - como "um militar totalmente inexpressivo" e o novo governo como o "politicamente mais fraco desde 1964", a VPR apontava o seu inimigo: a burguesia.
Privilegiando a luta armada como a única forma de tomada do poder, a VPR estabelecia duas tarefas fundamentais para esse ano: a propaganda armada, as ações armadas e a guerrilha rural.Para a organização, a agitação e a propaganda não deveriam, como até agora acontecia, simplesmente inocular nas massas a necessidade de fazer a revolução, mas mostrar- lhes um quadro revolucionário pronto, para que nele ingressassem, inicialmente, a reboque da vanguarda.
Dentre as ações de propaganda armada, a VPR as caracterizava como sendo de três tipos: as "de repercussão nacional, de grande vulto" ; as "de repercussão local"; e as "de repercussão. interna, dentro da vanguarda, como troca de prisioneiros, justiçamentos de torturadores, etc". Nestas últimas ações, a VPR enquadrava os justiçamentos dos "dedos-duro" e dos "traidores ", condenados por um "tribunal revolucionário", que poderiam ou não ser divulgados pela organização. As discussões sobre a propaganda armada durariam todo esse ano e seriam intensificadas, a partir do sequestro do embaixador suiço, planejado para dezembro.
Sobre a guerrilha rural a segunda tarefa fundamental desse ano, a VPR afirmava que ela seria desencadeada através de 3 fases:
- na primeira, a preparação dos quadros em áreas de treinamento . A VPR já havia feito um treinamento , de outubro a dezembro de 1969, e, naquele momento, janeiro de 1970, iniciava a implantação de uma nova área de treinamento, na região de registro.
- na segunda, a implantação de área táticas (AT), onde seriam desencadeadas guerrilhas irregulares; e
- na terceira, a Coluna Móvel Guerrilheira, de fundo, estratégico,e que seria o embrião de um Exército Popular .
. Em carta "Aos Comandantes - de Unidades de Combate", datada de 7 de janeiro, Carlos Lamarca afirrnava que "a palavra de ordem é aguçar a luta, em todos os níveis, em todos os lugares". Para realizar todo esse ambicioso plano, a VPR precisava ter uma organização dinâmica que lhe permitisse, com mais facilidade, acionar suas bases sem os entraves de uma estrutura complexa, com excessivos comandos interrnediários.
Seu CN era composto por três militantes: Carlos Lamarca, nomeado comandante-em-chefe, Ladislas Dowbor ("Jamil") e Maria do Carmo Brito. Ligados diretamente ao CN, havia as Unidades de Combate (UC), .nos Estados da Guanabara, São.Paulo e Rio Grande do Sul. Apesar de falarem, comumente, em Comando Urbano e Comandos Regionais, eles não existiam como organismos estruturados - o comando de UC confundia-se com o comando regional.
Na Guanabara havia duas UC. Uma, denominada de "João Lucas Alves" - UC/JLA -, era comandada por José Ronaldo Tavares de Lira e Silva, ex-Sargento do Exército, e possuía duas bases
A primeira base era coordenada por Darcy Rodrigues, ex-sargento do Exército, e integrada por Gerson Theodoro de Oliveira , sua companheira Tereza ângelo, Maurício Guilherme da Silveira e Flávio Roberto de Souza; e a segunda, coordenada por José Maurício Gradel e integrada por Sonia Eliane Lafoz, Jesus Paredes Souto, Adair Gonçalves Reis e Cristóvão da Silva Ribeiro.
A UC/JLA, como as demais, possuía uma vida própria, com um Setor de Imprensa, um de Documentação, um de Inteligência, e uma Base Médica, onde se destacava Almir Dutton Ferreira. Os responsáveis eram os seguintes militantes:
Em janeiro, o Comando Nacional (CN) expediu o "Informe nº 3" no qual analisava a situação do Pais, da esquerda e da organização, e estabelecia um plano de trabalho para esse ano. Ao mesmo tempo, publicou parte dos documentos aprovados no congresso, dos quais se destaca o capitulo referente à "Propaganda Armada". Depois de considerar o novo presidente eleito - General Emílio Garrastazu Médici - como "um militar totalmente inexpressivo" e o novo governo como o "politicamente mais fraco desde 1964", a VPR apontava o seu inimigo: a burguesia.
Privilegiando a luta armada como a única forma de tomada do poder, a VPR estabelecia duas tarefas fundamentais para esse ano: a propaganda armada, as ações armadas e a guerrilha rural.Para a organização, a agitação e a propaganda não deveriam, como até agora acontecia, simplesmente inocular nas massas a necessidade de fazer a revolução, mas mostrar- lhes um quadro revolucionário pronto, para que nele ingressassem, inicialmente, a reboque da vanguarda.
Dentre as ações de propaganda armada, a VPR as caracterizava como sendo de três tipos: as "de repercussão nacional, de grande vulto" ; as "de repercussão local"; e as "de repercussão. interna, dentro da vanguarda, como troca de prisioneiros, justiçamentos de torturadores, etc". Nestas últimas ações, a VPR enquadrava os justiçamentos dos "dedos-duro" e dos "traidores ", condenados por um "tribunal revolucionário", que poderiam ou não ser divulgados pela organização. As discussões sobre a propaganda armada durariam todo esse ano e seriam intensificadas, a partir do sequestro do embaixador suiço, planejado para dezembro.
Sobre a guerrilha rural a segunda tarefa fundamental desse ano, a VPR afirmava que ela seria desencadeada através de 3 fases:
- na primeira, a preparação dos quadros em áreas de treinamento . A VPR já havia feito um treinamento , de outubro a dezembro de 1969, e, naquele momento, janeiro de 1970, iniciava a implantação de uma nova área de treinamento, na região de registro.
- na segunda, a implantação de área táticas (AT), onde seriam desencadeadas guerrilhas irregulares; e
- na terceira, a Coluna Móvel Guerrilheira, de fundo, estratégico,e que seria o embrião de um Exército Popular .
. Em carta "Aos Comandantes - de Unidades de Combate", datada de 7 de janeiro, Carlos Lamarca afirrnava que "a palavra de ordem é aguçar a luta, em todos os níveis, em todos os lugares". Para realizar todo esse ambicioso plano, a VPR precisava ter uma organização dinâmica que lhe permitisse, com mais facilidade, acionar suas bases sem os entraves de uma estrutura complexa, com excessivos comandos interrnediários.
Na época que militava na luta armada era conhecido como Ladislas Dowbor - Jamil |
Na Guanabara havia duas UC. Uma, denominada de "João Lucas Alves" - UC/JLA -, era comandada por José Ronaldo Tavares de Lira e Silva, ex-Sargento do Exército, e possuía duas bases
A primeira base era coordenada por Darcy Rodrigues, ex-sargento do Exército, e integrada por Gerson Theodoro de Oliveira , sua companheira Tereza ângelo, Maurício Guilherme da Silveira e Flávio Roberto de Souza; e a segunda, coordenada por José Maurício Gradel e integrada por Sonia Eliane Lafoz, Jesus Paredes Souto, Adair Gonçalves Reis e Cristóvão da Silva Ribeiro.
A UC/JLA, como as demais, possuía uma vida própria, com um Setor de Imprensa, um de Documentação, um de Inteligência, e uma Base Médica, onde se destacava Almir Dutton Ferreira. Os responsáveis eram os seguintes militantes:
Documentação - Melcides Porcino da Costa e sua companheira Ieda dos Reis Chaves
Inteligência - Celso Lungaretti, Maria Barreto Leite Valdez, Richard Domingues Dulley e sua esposa Ana Maria Aparecida Peccinini Dulley
Base Médica - Almir Dutton Ferreira.
Base Médica - Almir Dutton Ferreira.
A outra UC estava em gestação e fora denominada "Severino Viana Colou". Era comandada por Herbert Eustáquio de Carvalho, um ex-estudantede Medicina, vindo do COLINA de
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Darcy Rodrigues |
Essa UC era encarregada de executar pequenas açoes. Integrada, fundamentalmente, por militantes oriundos do Comando Secundarista (COSEC), possuía duas bases :
A primeira, coordenada por Alex Polari de Alverga, era integrada por sua companheira Lúcia Velloso Maurício,´Paulo Cesar de Amorim Chagas e Vera Lúcia Thimóteo;
a segunda, coordenada por Alfredo Hélio Sirkis, constituía-se de Júlio Cesar Covello Neto e Marco Antonio Esteves da Rocha. Como homem de confiança de Juarez e encarregado de contatos com outras organizações, havia Wellington Moreira Diniz.
a segunda, coordenada por Alfredo Hélio Sirkis, constituía-se de Júlio Cesar Covello Neto e Marco Antonio Esteves da Rocha. Como homem de confiança de Juarez e encarregado de contatos com outras organizações, havia Wellington Moreira Diniz.
Em São Paulo havia apenas a UC coordenada por José Raimundo da Costa , que possuia cerca de 20 militantes , e que, em seguida passaria para a cordenação de Ladislas Dowbor.No Rio Grande do Sul, havia a UC "Manoel Raimundo Soares" (UC/MRS), dirigida por Félix Silveira Rosa Neto. Integrada pela companheira de Félix, Eliana Lorentz Chaves, Fernando Damatta Pimentel, Irgeu João Menegon, Luiz Carlos Dametto, José Clayton da Silva Vanini e Isko Germer, ex-tenente da PM gaúcha. Essa UC havia sido reforçada, em dezembro de 1969, com a entrada de mais de uma dezena de militantes oriundos do POC.
Além da área urbana, a VPR passava, nesse início de ano, a dar maior atenção ao trabalho de campo Alfredo Hélio Sirkis PT/RJ |
A mando da organização Antonio Nogueira da Silva Filho comprara uma fazenda no. interior goiano, mas "desbundou" (ou seja, desistiu da subversão) e pediu para sair. Julgado por um Tribunal Revolucionário, por pouco não foi justiçado, sendo expulso pela contagem de 2 x I, com o voto isolado a favor do fuzilamento. O tribunal, constituído por Celso Lungaretti, Ladislas Dowbor e Carlos Alberto Soares de Freitas, expulsou -o em 24 de setembro de 1969. Com medo, Antonio Nogueira da Silva Filho , ainda em 1969, fugiu para Milão , na Itália.
Em termos de "frente"- ações praticadas em conjunto com outras organizações-, a VPR participava com a ALN, a REDE, o POC e o MRT. A VPR fazia, tambèm, contatos com o grupo denominado de Frente de.Libertação Nacional (FLN), liderado pelo ex--major do Exército Joaquim Pires Cerveira. Juntas VPR e FLN realizaram o planejamento de diversas ações, dentre os quais o do seqüestro do embaixador alemão, na Guanabara.
Nesse inicio de 1970, os órgãos de segurança empenhavam - se em descobrir as infiltrações da VPR no Exército, através das declarações do ex-Cabo José Mariane Perreira Alves. Preso ,o Capitão Altair Luchesi Campos negou peremptoriamente as suas ligacões com a VPR e com Lamarca. Ao ser acareado com o Cabo esse lhe disse:
" Vamos ser homens, capitão! Eu caí, estou falando a verdade e, se faço neste momento esta declaração, não é por vingança. Não tenho raiva de nenhum oficial que tenha me dado punição quando soldado. O senhor realmente esteve no aparelho do Lamarca".
Então , em prantos, o Capitão Luchesi confessou suas ligações com a organização.
No exterior, a VPR iniciava a montagem·de uma estrutura em
Fernado Damatta Pimentel - durante a luta armada |
Os ex-integrantes do MNR recrutados foram : José Maria Ferreira de Araújo, Evaldo Luiz Ferreira de Souza, Edson Neves Quaresma e José Anselmo dos Santos , além de Aluizio Palhano Pedreira Ferreira, bancário, ex-vice presidente da CGT e ex-presidente da OLAS -organização Latino-americana de Solidariedade..
Fernando Pimentel hoje , ex-pre- feito BH - Coordenador da campa- nha eleitoral |
Na manhã de 27 de fevereiro, um acidente de carro na estrada das Lágrimas, em São João Clímaco/SP, colocava na mão da polícia Chizuo Ozava ("Mário Japa"), que sabia onde era a área de treinamento. Perguntado sobre o assunto, "Mário Japa" disse que estava localizada em Goiás. Mais uma vez, os órgãos de segurança foram desviados em suas buscas, naturalmente em decorrência do erro inicial. Entretanto, a simples prisão de "Mário Japa" preocupou a VPR e, particularmente Lamarca, internado nas matas de Jacupiranga.
Era preciso, urgentemente, fazer um seqüestro para libertá-lo, ação concretizada em 11 de março, quando foi sequestrado o cónsul japonês em São Paulo.
No Rio Grande do Sul, a fim de desviar de São Paulo a atencão dos Órgãos de Segurança, a UC/MRS iniciava as ações armadas.
No dia 2 de março, assaltou um Volks do Banco Brasul, que transportava dinheiro da Companhia Ultragás, levando 65.000 mil cruzeiros.
A relativa inação da VPR nesses dois primeiros meses do ano, seus planejamentos, sua preparação e particularmente o sigilo com que procurava cercar suas ações permitiam prenunciar grandes atividades da organização nos meses seguintes.
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Alex Polari Alverga e o Santo - Daime |
Transcrito do Projeto Orvil
Outros nomes podem ser encontrados em todas as matérias da série Projeto Orvil e Memórias Reveladas. Relação proposta nessa matéria, pessoas fáceis de serem localizadas: Maria do Carmo Brito
José Ronaldo Tavares de Lira e Silva
Darcy Rodrigues
Sonia Eliane Lafoz
Celso Lungaretti - blogueiro
Celso Lungaretti - blogueiro
Alex Polari de AlvergaAlfredo Hélio Sirkis - Deputado pelo RJ
Ladislas Dowbor.
Ladislas Dowbor.
Fernando Damatta Pimentel - ex-prefeito de Belo Horizonte e indicado para coordenar a campanha eleitoral de dilma Rousseff
Chizuo Ozava
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